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Estado de Minas

Delator no esc�ndalo da Petrobras diz que US$ 6 milh�es de propina foram roubados


postado em 06/02/2015 06:00 / atualizado em 06/02/2015 07:23

Jo�o Bosco Lacerda

Bras�lia – Em depoimento de dela��o premiada, revelado na nova fase da Opera��o Lava-Jato da Pol�cia Federal, o ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco revelou que, durante uma movimenta��o de cerca de US$ 6 milh�es oriundos de propinas para contas no banco su��o Lombard Odier, o ex-diretor de servi�os da estatal Renato Duque perdeu o recurso enquanto lidava com um agente brasileiro do banco, citado apenas como “Roberto”. Ele teria encontrado o intermedi�rio durante uma viagem a Paris, onde a institui��o financeira tem escrit�rio.

O delator n�o precisou a data em que ocorreu a movimenta��o, mas afirma que foi “anos antes” de 2011. De acordo com Barusco, ele mesmo era respons�vel pela cobran�a das empresas envolvidas no cartel, uma vez que Duque era “desorganizado com as quest�es que envolviam o recebimento de propinas”. Desconfort�vel em ter de gerenciar o dinheiro do ex-diretor, Barusco viajou a Paris com Duque e entrou em contato com Roberto, que os aconselhou a abrir duas contas passagens no banco su��o.

Barusco, no entanto, afirma ter se incomodado com a falta de informa��es que Roberto passava sobre as contas. Como, de acordo com o delator, Duque sugeriu que fossem efetivamente depositados os US$ 6 milh�es nas contas indicadas pelo agente banc�rio, Barusco negociou para que o ex-diretor de servi�os se apropriasse de todo valor das contas como parte da “cota” das propinas dele. De acordo com o delator, Duque o procurou posteriormente para contar que “Roberto havia sumido e os valores depositados nas duas contas haviam sido perdidos”. Barusco conta que o preju�zo acabou sendo dividido entre os dois a pedido do ex-diretor.

O ex-gerente detalha tamb�m na dela��o como era a divis�o de propinas entre ele e Duque. Em contratos em que apenas os dois eram pagos, 60% da propina ficavam com Duque e os 40% restantes, com ele. J� em contratos que contavam com outro operador, 40% eram repassados para Duque e os 60% restantes eram divididos entre Barusco e o terceiro envolvido. O delator afirmou n�o saber precisamente o valor recebido por Duque enquanto era diretor de servi�os da petrol�fera, mas destacou que ele recebeu cerca de US$ 97 milh�es em subornos relativos a mais de 60 contratos assinados entre diversas empresas e a Petrobras, entre 2005 e 2010.

O advogado de Renato Duque, Alexandre Lopes, negou as declara��es de Barusco. De acordo com Lopes, “Pedro Barusco trouxe Renato Duque para o processo, realizando dela��o falaciosa”.


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