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Estado de Minas

Nome 'surpresa' para comandar a Petrobras � cogitado no Planalto

Dilma corre contra o tempo para encontrar algu�m com credibilidade no mercado para reerguer a Petrobras


postado em 06/02/2015 08:01 / atualizado em 06/02/2015 08:32

Bras�lia - Embora o presidente da Vale, Murilo Ferreira, seja um dos mais cotados para assumir o comando da Petrobras e o atual presidente do BNDES, Luciano Coutinho, esteja sendo tratado como uma "solu��o emergencial" para ocupar a presid�ncia da petroleira, fontes pr�ximas � presidente Dilma Rousseff informavam, na noite dessa quinta-feira, que ela pode lan�ar m�o de uma "surpresa".

Dilma corre contra o tempo para encontrar algu�m com credibilidade no mercado para reerguer a Petrobras, mas ganhou, na quinta-feira, 5, dois novos obst�culos: a cria��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) na C�mara dos Deputados para apurar desvios na Petrobras e a nona etapa da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal. Os dois elementos refor�am o que � apontado nos bastidores como o maior empecilho para se encontrar um substituto para a atual presidente, Gra�a Foster: o risco do surgimento de irregularidades ainda n�o detectadas.

A presidente passou o dia fazendo contatos, auxiliada mais de perto pelo ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A inten��o do Planalto � anunciar a nova diretoria hoje, na reuni�o do Conselho de Administra��o da estatal, em S�o Paulo - na qual ser� formalizada tamb�m a sa�da de cinco diretores e da pr�pria Gra�a. Dilma deixou cedo o Planalto, antes das 18 horas, mas foi ao Pal�cio do Alvorada e deu prosseguimento �s reuni�es com sua equipe de coordena��o pol�tica.

Mercado

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, estava em alta em Bras�lia por causa da boa reputa��o no mercado, al�m de contar com o apoio integral de Mercadante e com a simpatia e reconhecimento de Dilma por ter assumido a Vale, depois da sa�da de Roger Agnelli. Ferreira � apontado tamb�m como algu�m capaz de fazer mudan�as fortes na condu��o da Petrobras, produzindo um efeito semelhante ao que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, gerou em rela��o � pol�tica econ�mica.

Al�m disso, Ferreira teria mais dificuldade em recusar a miss�o de chefiar a Petrobras nesse momento de incertezas do que outros executivos de mercado. Isso porque ele est� na Vale, uma empresa que tem entre seus principais acionistas os fundos de pens�o das estatais federais. Assim, o poder de press�o do Planalto sobre ele � um pouco maior.

O nome de Coutinho, que j� integra o Conselho de Administra��o da Petrobras, tamb�m continuava entre os cotados, mas sempre tratado como um nome-tamp�o. Coutinho conta com o apoio da demission�ria Gra�a Foster, para quem o sucessor deve ser algu�m que conhe�a a empresa.

Na indefini��o, outros nomes continuavam no p�reo: Rodolfo Landim, ex-presidente da BR Distribuidora; o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles; e Paulo Leme, presidente do Goldman Sachs. Interlocutores muito pr�ximos de Dilma asseguravam que estes nomes estavam descartados e um dos assessores ligados � presidente insistia que "vai ser uma surpresa quando o nome for anunciado".

Pr�-sal

Em sua �nica apari��o p�blica no dia, a r�pida e discreta cerim�nia de posse do novo ministro de Assuntos Estrat�gicos, Mangabeira Unger, Dilma destacou a import�ncia do pr�-sal e de transformar a reserva em um "passaporte" para a "qualidade educacional". Ela, por�m, n�o mencionou a estatal em momento algum do discurso. O cerimonial do Pal�cio do Planalto organizou uma cerim�nia rel�mpago em uma das salas do terceiro andar do pr�dio, onde fica o gabinete de Dilma.

Diante de tantas incertezas, ainda havia d�vidas se a presidente anunciaria apenas o nome do presidente da estatal ou se informaria tamb�m outros integrantes da diretoria. Ontem, os representantes da Uni�o no Conselho da Petrobras, entre eles os ex-ministros Guido Mantega e Miriam Belchior, reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir a troca de comando da estatal, que dever� ser o principal tema da reuni�o de hoje. O balan�o de 2014 da empresa n�o est� na pauta.

Na quarta-feira, 4, horas depois de acertar com a presidente um cronograma para sua sa�da, no final deste m�s, Gra�a Foster renunciou. Cinco dos sete diretores n�o aceitaram o cronograma estabelecido entre a executiva e Dilma e assinaram a carta de ren�ncia. Ficaram de fora Jo�o Elek, da rec�m-criada Diretoria de Governan�a, e Jos� Eduardo Dutra (Servi�os). Colaboraram La�s Alegretti, Nivaldo Souza, Rafael Moraes Moura e Fernanda Nunes.


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