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Estado de Minas

Para reverter desgaste, Dilma aposta em retomar bandeiras de campanha

Auxiliares de Dilma avaliam que chegou a hora de a pr�pria presidente assumir o protagonismo da "batalha da comunica��o" e defender a posi��o do governo perante a opini�o p�blica


postado em 09/02/2015 07:37 / atualizado em 09/02/2015 07:55

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Bras�lia - Para reverter a queda abrupta de popularidade de Dilma Rousseff, a pior marca de um presidente desde Fernando Henrique Cardoso em 1999, o Pal�cio do Planalto vai reformular sua estrat�gia de comunica��o. Em meio � sucess�o de not�cias negativas envolvendo os rumos da economia, as den�ncias de corrup��o na Petrobras e os efeitos das crises energ�tica e h�drica, auxiliares da petista avaliam que chegou a hora de a pr�pria presidente assumir o protagonismo da "batalha da comunica��o" e defender a posi��o do governo perante a opini�o p�blica.

A recupera��o da imagem de Dilma tamb�m passa por uma reformula��o da rela��o com o Legislativo. Integrantes do governo v�o intensificar nesta semana uma repactua��o com o PMDB ap�s a vit�ria em turno �nico de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presid�ncia da C�mara e o consequente isolamento dos petistas na Casa. Os cargos de segundo escal�o ser�o a moeda de troca.

Dentro do novo roteiro, a ideia � que Dilma rompa o isolamento do Planalto, cumpra mais agendas p�blicas e retome o h�bito de conversar com a imprensa - a �ltima entrevista ocorreu em 22 de dezembro, em caf� da manh� de fim de ano.

Promessas

O Planalto aposta na constru��o de uma agenda positiva com o lan�amento da terceira fase do Minha Casa Minha Vida nos pr�ximos dias e do Mais Especialidades, uma das promessas da campanha da petista. Em outra frente, h� a expectativa que o pacote anticorrup��o para endurecer penas contra malfeitos e a proposta de emenda constitucional para aumentar as atribui��es do governo federal na seguran�a p�blica - tamb�m temas da campanha � reelei��o - ganhem respaldo popular. Dilma tem sido acusada pela oposi��o de ter praticado "estelionato eleitoral".

O governo estuda ainda reformular canais de comunica��o direta da presidente com os eleitores, como o programa de r�dio Caf� com a presidenta e a coluna semanal Conversa com a presidenta, publicada em jornais. Ambos est�o suspensos desde a campanha eleitoral.

A avalia��o de conselheiros de Dilma � que o governo tem de bater "mais bumbo" e n�o ficar ref�m da agenda negativa que desidratou a popularidade da presidente. O Planalto reconhece que h� um sentimento de frustra��o por parte dos eleitores da petista com os rumos do Pa�s neste in�cio de ano, mas acredita que o cen�rio pode ser revertido se o governo se empenhar em mostrar com clareza as medidas adotadas e o que prop�e a m�dio e longo prazo.

"As den�ncias sobre corrup��o ocupam grande parte da agenda pol�tica e n�o h� ainda julgamento e puni��o, o que cria um evidente descontentamento da popula��o, que espera uma resposta r�pida das institui��es", disse ao Estado o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rossetto. "J� convivemos com per�odo de baixa aprova��o, fomos capazes de responder �s expectativas do povo e assim faremos nesses quatro anos."

Partidos

Na avalia��o de petistas e de aliados, a reconstru��o de pontes com o PMDB deve ser feita de um modo que deixe claro que o partido � o aliado preferencial do governo. S� assim, avaliam, ser� suficiente para evitar uma sucess�o de derrotas no Congresso que possam agravar a agenda negativa. O primeiro teste de fogo ser� o pacote da equipe econ�mica que endurece o acesso a benef�cios trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial.

"Numa democracia s� tem um caminho, que � o do di�logo. A quest�o econ�mica est� entrela�ada na pol�tica. Se voc� tem crise pol�tica e ela gera inseguran�a, ela reflete na economia", considera o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE).

No PT, tamb�m h� a avalia��o de que reconstruir a rela��o entre Dilma e a corrente majorit�ria e mais moderada do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), � fundamental para distensionar a base. A CNB quer a sa�da do ministro das Rela��es Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), por um nome com mais tr�nsito entre os peemedebistas. Por ora, a presidente n�o considera demitir o ministro, uma de suas indica��es pessoais.


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