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Estado de Minas

Pal�cio do Planalto vira gabinete de crise

No intervalo de apenas cinco dias, a presidente marca a terceira reuni�o com o n�cleo pol�tico para buscar solu��es para os problemas que fizeram com que sua popularidade despencasse


postado em 10/02/2015 06:00 / atualizado em 10/02/2015 08:00

Dilma reuniu o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial horas após encontro marcado às pressas com seus conselheiros políticos(foto: José Cruz/Agência Brasil)
Dilma reuniu o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial horas ap�s encontro marcado �s pressas com seus conselheiros pol�ticos (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)

Bras�lia – Abalada pela abrupta queda na popularidade, somada aos demais problemas enfrentados neste in�cio de segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff convocou uma nova reuni�o do Conselho Pol�tico do governo – a terceira nos �ltimos cinco dias, a segunda em car�ter emergencial. Dilma e os ministros mais pr�ximos est�o preocupados com os desdobramentos da crise pol�tica, o avan�o das investiga��es da Opera��o Lava-Jato e a falta de interlocu��o com a base aliada, o que abre espa�o para trai��es em futuras vota��es que interessem ao governo e aumenta os riscos de perda do controle nas CPIs sobre a Petrobras — a primeira, j� instalada na C�mara, e outra em vias de ser criada por senadores.

A desgastada rela��o, justamente com aqueles escolhidos para dar apoio no Congresso, tira o sono do n�cleo pol�tico palaciano. “Todas as pedradas que o governo tem tomado v�m de dentro (da pr�pria base). A oposi��o est� tomando sol, sem protetor solar, na praia, rindo da nossa crise”, ironizou uma pessoa pr�xima da presidente.

Internamente, h� quem defenda uma rea��o mais incisiva para que o governo saia das cordas. N�o est� descartada a possibilidade de um pronunciamento em cadeia de r�dio e televis�o ap�s o carnaval, embora, oficialmente, o Pal�cio do Planalto negue a informa��o. Como as demais decis�es tomadas pelo Planalto, as informa��es conflitantes vindas do pr�prio n�cleo duro governista provoca uma paralisia de a��es.

Os defensores da proposta acreditam que a presidente precisa de medidas urgentes para n�o passar a sensa��o de que est� acuada. Outros acreditam que, diante da imagem negativa – refor�ada pela pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana apontando queda na popularidade de Dilma –, seria pior divulgar not�cias que n�o se materializar�o a curto prazo, como o encaminhamento de normas anticorrup��o para serem votadas no Congresso.

A estagna��o econ�mica tamb�m assusta o governo. Uma das causas da queda na avalia��o da presidente � a falta de clareza nas informa��es sobre a necessidade das medidas amargas para corrigir os rumos da economia – ontem, o mercado previu, pela primeira vez, crescimento zero para 2015, mantendo o p�fio desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) da gest�o Dilma Rousseff. Por essa raz�o, a petista organizou uma reuni�o do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) – logo ap�s o encontro do n�cleo pol�tico –, para tentar dar uma resposta aos empres�rios e aos agentes econ�micos.

Dilma e o governo cobram ainda o apoio do PT. Na vis�o palaciana, a insatisfa��o do campo majorit�rio petista com as nomea��es do primeiro escal�o t�m minado o poder pol�tico do Planalto. Na sexta-feira, durante a festa de 35 anos do partido, era n�tido o constrangimento e o inc�modo entre Dilma e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Os fantasmas de Dilma

Confira os problemas que t�m tirado o sono da presidente


Crise na Petrobras
A cada dia que passa, novas den�ncias e dela��es premiadas de envolvidos na Opera��o Lava-Jato aumentam o sinal de alerta no governo sobre os desdobramentos pol�ticos e jur�dicos da crise de corrup��o na principal empresa brasileira.

CPI
A C�mara ter� uma CPI da Petrobras com as assinaturas da base aliada. No Senado, mesmo sem firmas da base, � certo que a oposi��o conseguir� apoio para instalar uma comiss�o parlamentar de inqu�rito sobre o mesmo tema. O governo deseja ter o m�ximo de controle sobre o estrago que duas CPIs da Petrobras poder�o causar � imagem do Planalto.

Segundo escal�o

Dilma precisa resolver as nomea��es do segundo escal�o, uma das maneiras, na vis�o de aliados do governo, de acalmar as insatisfa��es da base de sustenta��o do Executivo no Congresso. O problema � que as negocia��es n�o come�aram, e a base teme que a presidente tome uma decis�o autocr�tica, sem consulta.

Queda de popularidade

Pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana mostra que a presidente tem apenas 23% de aprova��o, a pior avalia��o desde o tucano Fernando Henrique Cardoso, em 1999. Preocupa o Planalto a percep��o de que Dilma mentiu durante a campanha eleitoral e tomou medidas que ela dizia que n�o adotaria.

 


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