
A C�mara Municipal de Belo Horizonte segue com a rotina de n�o votar os projetos. A mat�ria que continua na pauta � a falta de acordo entre oposi��o e base. Desde que assumiu a presid�ncia da Casa, o vereador Wellington Magalh�es (PTN) ainda n�o conseguiu fazer o plen�rio votar. A breve exce��o foi na sess�o desta ter�a-feira, quando apenas dois vetos do prefeito Marcio Lacerda (PSB) foram mantidos, mas outros cinco travam o andamento do plen�rio, juntamente com 58 Pls. Na sess�o desta quarta-feira, mais uma vez, o qu�rum caiu – com 19 presentes -, e nada foi votado. As discuss�es em torno das mudan�as das normas do Legislativo Municipal, que ainda nem come�aram a tramitar, s�o o motivo da “greve”.
Entre as propostas que aguardam a paz na Casa para serem apreciadas est� o fim da verba indenizat�ria - R$ 15 mil dispon�veis para cada um dos 41 vereadores custearem despesas dos gabinetes. A resolu��o da mesa diretora acaba com o benef�cio mensal para despesas em geral dos gabinetes dos 41 vereadores. A proposta estabelece que sejam feitas licita��es �nicas na modalidade de preg�o para a compra de produtos – desde material de escrit�rio a gasolina – e para a contrata��o de servi�os como aluguel de ve�culos e gr�fica.
Nos bastidores da C�mara a informa��o � que a mat�ria s� ser� apreciada no segundo semestre, contrariando a expectativa de agilidade da mesa diretora. Alguns vereadores querem estudar o projeto e avaliar melhor a medida. Na segunda-feira, Wellington Magalh�es protocolou portaria que cria comiss�o para estudos de nova forma de custeio das despesas do mandato parlamentar. A comiss�o � formada por seis t�cnicos da Casa. Embora n�o conste no texto da portaria, o presidente informou que vai convocar um vereador de cada partido para participar da comiss�o.
A sess�o de hoje – que durou pouco mais de 30 minutos - come�ou tensa quando o l�der do PT na C�mara, Juninho Paim, pediu que a ata da reuni�o anterior fosse lida. Normalmente, o documento � aprovado pelos parlamentares sem a leitura. Wellington Magalh�es tentou intervir para agilizar o processo, mas encontrou resist�ncia. “O senhor vai ficar cortando a minha palavra. Estou tentado explicar, mas o senhor n�o espera e n�o entende o que eu falo. Para de achar que o senhor � o dono da Casa. At� porque estou achando que o prefeito [Marcio Lacerda] que �”, disse o vereador Pedro Patrus a Magalh�es. O presidente reagiu e disse que o momento era apenas para discutir a leitura da ata.
A inten��o da oposi��o, por�m, � n�o aliviar. “Se o Executivo n�o entrar em acordo com a forma de votar os projetos a Casa n�o vai votar nada”, disse Pedro.