Bras�lia - No dia em que a inst�ncia m�xima da Justi�a italiana autorizou a extradi��o do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensal�o, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica, Ideli Salvatti, afirmou que os pres�dios brasileiros s�o "escolas de crime".
A decis�o de enviar Pizzolato ao Brasil depende agora de uma avalia��o pol�tica do ministro da Justi�a italiano. "Esta quest�o est� no minist�rio das Rela��es Exteriores e no Minist�rio da Justi�a. A Secretaria de Direitos Humanos n�o tem qualquer incid�ncia. Portanto, n�o irei me pronunciar sobre isso", disse Ideli. "N�o vou responder sobre o Pizzolato, n�o insistam", completou, em tom de irrita��o.
Apesar da recusa, a ministra apresentou sua vis�o sobre o sistema carcer�rio brasileiro. "Voc� retira o direito � liberdade de uma pessoa para que ela possa se arrepender, se ressocializar e voltar � sociedade para n�o cometer novos crimes. Infelizmente, dada a superlota��o, as condi��es muitas vezes desumanas, n�s temos nos pres�dios brasileiros verdadeiras escolas de crime. A pessoa entra para fazer um aperfei�oamento na criminalidade", avaliou.
Para Ideli, a situa��o das cadeias brasileiras � "lament�vel" em termos de garantia dos direitos humanos e "absolutamente incompat�vel" com o objetivo de ressocializar o preso. Para solucionar o problema, ela defendeu uma pol�tica de coopera��o entre o governo federal e os Estados, respons�veis pela administra��o dos pres�dios mais prec�rios do Pa�s. "N�s temos toda uma preocupa��o com isso, o Minist�rio da Justi�a tem pol�ticas (nesse sentido)", afirmou.