
A defesa do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato afirmou nesta quinta-feira, 12, que vai recorrer da decis�o de extraditar o brasileiro � Corte Europeia de Direitos Humanos. O advogado Alessandro Siveli sinalizou, no entanto, que Pizzolato est� disposto a cumprir a pena na It�lia.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de pris�o por envolvimento no mensal�o, mas fugiu para a It�lia. Desde o ano passado o governo brasileiro tenta extraditar o ex-diretor. Nesta manh�, a Justi�a italiana autorizou o retorno dele ao Brasil, mas a decis�o final cabe ao governo do pa�s. Em comunicado, Siveli declarou seu "estupor" diante da decis�o que, segundo ele, foi tomada "sem um fato novo".
Segundo o advogado, Pizzolato est� disposto a ser julgado na It�lia uma vez mais e, se condenado, estaria de acordo em cumprir sua "pena na It�lia". Sivelli indicou que, al�m da Corte Europeia, tamb�m apresentou recurso � Corte Interamericana de Direitos Humanos. Nenhuma das duas iniciativas, por�m, tem efeito suspensivo e n�o conseguiriam barrar o envio do brasileiro ao Pa�s.
Nesta manh�, a Corte de Cassa��o em Roma reverteu a decis�o de primeira inst�ncia de rejeitar a extradi��o e aceitou as garantias dadas pelo governo brasileiro de que a integridade f�sica de Pizzolato ser� assegurada no Complexo da Papuda. O julgamento ocorreu na quarta-feira, em Roma, mas a senten�a foi pronunciada apenas nesta manh�. Momentos depois do an�ncio, o ex-diretor se apresentou � pol�cia de Maranello.
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil fugiu do Pa�s h� um ano e cinco meses, com um passaporte falso e declarou que confiava que a Justi�a italiana n�o faria um processo pol�tico contra ele, como acusa a Justi�a brasileira de ter realizado. Ele chegou a ser preso, mas foi solto em outubro do ano passado. Ao sair da pris�o, declarou que havia fugido para "salvar sua vida".
"Estamos confiantes de que o ministro n�o conceder� a extradi��o, como foi feito em um caso an�logo (de 13 de julho de 2001) que foi negada a extradi��o ao cidad�o �talo-brasileiro Salvatore Cacciola", disse o advogado, lembrando que o estado brasileiro n�o reconhece o princ�pio da reciprocidade e n�o extradita seus pr�prios cidad�os.
Ele voltou a denunciar a situa��o das pris�es nacionais. "As c�rceres brasileiras est�o nas m�os de organiza��es criminosas que n�o hesitam em matar detentos que n�o cedem � extors�o", disse.