Rio de Janeiro – A Pol�cia Federal (PF) instaurou inqu�rito para apurar as circunst�ncias do acidente no navio-plataforma Cidade S�o Mateus, na Bacia do Esp�rito Santo, ocorrido na quarta-feira. As condutas investigadas inicialmente s�o homic�dio e inc�ndio qualificado (por ter ocorrido em uma embarca��o). Uma equipe de peritos fez ontem um sobrevoo para identificar os estragos e o ponto de onde come�ar�o os trabalhos da PF. A explos�o na casa de bombas do navio-plataforma, operado pela BW Offshore e fretado pela Petrobras, deixou cinco pessoas mortas (quatro brasileiros e um indiano) e 26 feridos, sete deles ainda internados em hospitais da Grande Vit�ria, dois em estado grave. Quatro tripulantes seguiam desaparecidos ontem, segundo balan�o oficial divulgado pela Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), que enviou � Petrobras auto de interdi��o do navio-plataforma. De acordo com a ag�ncia, o auto atende �s normas previstas para investiga��o de incidentes. A Petrobras foi tamb�m notificada a n�o realizar modifica��es e obras na �rea do incidente, “a n�o ser que haja necessidade cr�tica de estabiliza��o” da estrutura da plataforma.
Ontem, 17 pessoas estavam a bordo da embarca��o, entre bombeiros, representantes da BW Offshore, operadora da plataforma e especialistas em resgate e combate a inc�ndio. Uma equipe de especialistas da BW retornou � unidade para avaliar se as condi��es s�o suficientemente seguras para permitir a continuidade dos esfor�os de busca e resgate. A empresa norueguesa refor�ou que o casco do navio-plataforma est� intacto.
Segundo nota da empresa norueguesa, os corpos dos cinco mortos j� foram resgatados e o n�mero de feridos � 26 e n�o 25 como havia sido divulgado antes.“As provid�ncias est�o sendo tomadas para a identifica��o formal e a libera��o �s fam�lias”, diz o texto da BW, que n�o divulgou nenhuma lista de nomes dos mortos. No caso dos desaparecidos, limitou-se a dizer que s�o todos brasileiros.
A nota da BW informa ainda que sete pessoas feridas seguem sob cuidados m�dicos em hospitais da Grande Vit�ria. O hospital onde est�o internados os feridos cr�ticos informou que seis pacientes permanecem na UTI, mas apenas dois deles est�o em estado grave. At� quinta-feira, um homem de nacionalidade filipina estava em coma induzido por ter queimado parte do sistema pulmonar. Um brasileiro teve queimaduras em 43% do corpo.
O FPSO Cidade S�o Mateus, que opera nos campos de Camarupim e Camarupim Norte, a cerca de 120 quil�metros da costa do Esp�rito Santo, sofreu uma explos�o �s 12h50 de quarta-feira. As causas ainda est�o sendo investigadas, mas sindicalistas falam em vazamento de g�s. Havia 74 pessoas a bordo no momento do acidente. Ap�s o ocorrido, a produ��o foi interrompida. O navio est� conectado normalmente aos po�os, mas a unidade foi desativada.
Protesto
O Sindicato dos Petroleiros do Esp�rito Santo (Sindipetro-ES) paralisou, durante cerca de tr�s horas, o embarque de trabalhadores da categoria em helic�pteros para plataformas em alto-mar. O protesto, por mais seguran�a no trabalho, ocorreu na madrugada de sexta-feira e foi promovido em todo o pa�s pela Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP) no aeroporto de Vit�ria. O ato foi marcado depois do acidente que matou cinco pessoas e deixou quatro desaparecidos no navio-plataforma Cidade S�o Mateus, no litoral do Esp�rito Santo, na quarta-feira. Embora o navio-plataforma seja fretado desde 2009 pela Petrobras, a estatal e o governo tentam vincular o acidente na unidade apenas � BW Offshore. A norueguesa � a dona e operadora da plataforma que sofreu a explos�o.
