
Um m�dico especialista em gest�o, um engenheiro “tocador de obras”, um doutor em economia e um advogado com longa atua��o na administra��o p�blica. Esse � o quarteto que ocupa as mais importantes secretarias de Fernando Pimentel, primeiro petista a comandar Minas Gerais, depois de 12 anos consecutivos de gest�es tucanas. Desde os primeiros dias de governo, os secret�rios Helv�cio Magalh�es (Planejamento e Gest�o), Murilo Valadares (Transporte e Obras P�blicas), Marco Ant�nio Rezende (Casa Civil e Rela��es Institucionais) e Jos� Afonso Bicalho (Fazenda) despontaram como principais assessores e conselheiros do governador.
Todos s�o militantes antigos do PT e trabalham juntos desde a chegada de Patrus Ananias � Prefeitura de Belo Horizonte (1993/1997), passando pelas gest�es do pr�prio Pimentel, que assumiu a administra��o municipal em 2001, depois do afastamento do ent�o prefeito C�lio de Castro por motivo de sa�de. Eles tamb�m permaneceram na prefeitura durante parte do governo Marcio Lacerda (PSB) e s� deixaram os cargos depois do rompimento entre PT e PSB na disputa pela reelei��o, em 2012, quando os petistas lan�aram Patrus Ananias como candidato a prefeito e sa�ram derrotados do pleito.
Frequentemente, esses secret�rios almo�am juntos no gabinete de Pimentel, no Pal�cio Tiradentes, onde aproveitam para despachar, e t�m reuni�es quase que di�rias. Nem mesmo o secret�rio de Governo, deputado federal Odair Cunha (PT), e o secret�rio-geral da Governadoria, Eduardo Serrano, t�m a mesma facilidade para despachar com o governador. A tarefa principal dos dois nos primeiros 30 dias da administra��o petista foi receber prefeitos e aliados em busca de verbas e cargos, miss�o dividida com o vice-governador Ant�nio Andrade (PMDB). Odair tamb�m concentrou todas as decis�es sobre as nomea��es, principalmente para postos-chaves nas secretarias e �rg�os da administra��o direta.
Os quatro “poderosos” foram colocados nos cargos por escolha pessoal do governador, que n�o se incomodou com a press�o para que n�o nomeasse Jos� Afonso Bicalho para a Fazenda, por causa da den�ncia que ele enfrenta de envolvimento em suposto desvio de recursos para a campanha � reelei��o do ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB). Pimentel tamb�m resistiu �s press�es dos partidos aliados para ocupar essas pastas, principalmente a Secretaria de Obras, cobi�ada por 10 entre 10 pol�ticos. A inten��o do governador foi garantir t�cnicos de confian�a em postos considerados chaves, como as secretarias que cuidam das finan�as, das obras e do planejamento do estado.
H� quem aposte dentro do PT que o nome do pr�ximo candidato do partido � Prefeitura de Belo Horizonte pode sair desse grupo, mas, por enquanto, isso ainda � conversa de bastidor, j� que n�o faltam interessados em disputar o cargo. Um dos integrantes desse seleto quarteto quase virou vice-prefeito de Marcio Lacerda quando PT e PSB ainda eram aliados na capital mineira: Helv�cio Magalh�es, que j� est� sendo chamado ironicamente de “primeiro-ministro” pelos aliados, chegou a ter seu nome cogitado para o cargo, com aval de Lacerda, que, j� reeleito, disse, durante uma solenidade, que se a alian�a tivesse vingado teria escolhido o secret�rio de Planejamento para o cargo. “Dentro da lista de poss�veis vices, eu escolheria o Helv�cio, mas a alian�a com o PT n�o funcionou. Mas reafirmo, e isso � p�blico, que ele seria o escolhido”, disse Lacerda, em 2013, sem se incomodar com a presen�a de D�lio Malheiros (PV), atual vice-prefeito.
F�rias-pr�mio
A suspens�o das f�rias-pr�mio de tr�s meses – agora limitadas a 30 dias, conforme determina��o do governo de Minas Gerais –, vai atingir este ano 145 servidores, dos quais 106 eram ocupantes de cargo comissionado quando come�aram a usufruir do benef�cio. De acordo com nota divulgada na sexta-feira pela Secretaria de Planejamento e Gest�o (Seplag), caber� � C�mara de Coordena��o Geral, Planejamento, Gest�o e Finan�as (CCGPGF) analisar casos em que for solicitado um per�odo maior que os 30 dias estabelecidos na delibera��o. Nos casos de ocupantes de cargos comissionados, caso seja autorizado per�odo superior a um m�s o servidor vai receber sal�rio correspondente ao cargo efetivo, sem as demais vantagens. A edi��o de sexta-feira do Minas Gerais trouxe ainda a concess�o de f�rias-pr�mio para v�rios servidores, mas segundo a Seplag trata-se apenas da “concess�o” do direito ao per�odo de descanso, e n�o a autoriza��o para goz�-lo. O saldo s� ser� usufru�do de acordo com a “conveni�ncia administrativa”.