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Estado de Minas ESC�NDALO DA PETROBRAS

Oposi��o cobra investiga��o a ministro da Justi�a

L�deres cobram que Jos� Eduardo Cardozo seja investigado pela Comiss�o de �tica da Presid�ncia devido aos encontros com advogados de empresa investigada na Lava-Jato


postado em 17/02/2015 07:00 / atualizado em 17/02/2015 07:29

Em nota endossada pela empreiteira, ministério diz que Cardozo fez sua obrigação ao receber os advogados(foto: Wilson Dias/Agencia Brasil )
Em nota endossada pela empreiteira, minist�rio diz que Cardozo fez sua obriga��o ao receber os advogados (foto: Wilson Dias/Agencia Brasil )

Bras�lia –
A oposi��o quer que o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, tenha a conduta na Opera��o Lava-Jato investigada pela Comiss�o de �tica P�blica da Presid�ncia da Rep�blica. O chefe da Pol�cia Federal est� sob press�o depois da divulga��o de um encontro dele com advogados da empreiteira Odebrecht, suspeita de participa��o no esquema de propinas na Petrobras. No domingo, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa havia pedido a demiss�o do petista. Ontem, foi a vez do l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), afirmar que uma autoridade n�o pode se reunir com “organiza��es criminosas que assaltaram a Petrobras”.

Bueno e o l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), estudam pedir a convoca��o de Cardozo na CPI da Petrobras. O deputado cobra ainda que ele seja investigado pela Comiss�o de �tica da Presid�ncia. “Queremos convocar o ministro para que ele possa prestar esclarecimentos diante das vers�es contradit�rias apresentadas at� agora”, disse o senador ao jornal O Globo. “Podemos chamar na CCJ ou na de Fiscaliza��o”, antecipou.

O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), defendeu o correligion�rio. “A quem interessa a demiss�o de um ministro da Justi�a independente, chefe de uma Pol�cia Federal que apura o que tem que apurar, sem interfer�ncias?”, questionou o senador em uma rede social. A presidente Dilma Rousseff declarou duas vezes ser preciso “saber investigar” e que as empreiteiras da Lava-Jato s�o importantes para a economia nacional.

O governo federal atua para que elas n�o entrem em processo de fal�ncia – o que colocaria em risco obras de infraestrutura. Em nota endossada pela Odebrecht, o Minist�rio da Justi�a diz que Cardozo fez sua obriga��o ao receber advogados, pois isso � uma previs�o legal. O encontro de 5 de fevereiro teve a presen�a do vice-presidente jur�dico da empresa, Maur�cio Ferro. Defensores da empreiteira disseram que pediram a audi�ncia formalmente e protocolaram, sob sigilo, uma representa��o e um pedido de certid�o. Se n�o obtiver a certid�o, a construtora deve ir � Justi�a.

Nenhum diretor da empreiteira foi preso, mas os executivos Rog�rio Santos Ara�jo e M�rcio Faria da Silva sofreram a��es de busca e apreens�o. De acordo com a Procuradoria da Rep�blica no Paran�, a Odebrecht pagava propinas em esp�cie a funcion�rios da Petrobras. Pesam contra a maior construtora do Brasil um inqu�rito criminal na PF e um civil p�blico no Minist�rio P�blico de S�o Paulo, para apurar a retirada de dutos da Petrobras na constru��o do est�dio do Corinthians, que custou R$ 1 bilh�o e teve financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confessou ter recebido US$ 31,5 milh�es em subornos da Odebrecht, parte deles no exterior. O doleiro Alberto Youssef disse que a construtora pagou R$ 10 milh�es ao ex-deputado Jos� Janene (PP-PR). O ex-gerente Pedro Barusco admitiu ter recebido R$ 1 milh�o da empresa. Ele afirmou ainda que Rog�rio Ara�jo lhe entregou uma lista de empresas a serem “convidadas” a participar das obras na Refinaria Abreu e Lima, como parte do cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras.

A Odebrecht negou ter feito pagamentos �s empresas de Youssef usadas para lavar dinheiro do esquema. Disse que pagou Paulo Roberto apenas por sua participa��o na Brasken, empresa formada com capital da petroleira e da construtora. A empresa “nega veementemente” qualquer acusa��o de fraudes. Depois da Lava-Jato, o Minist�rio da Justi�a deixou de publicar em seu site 80 dias da agenda do ministro, informou o jornal Folha de S.Paulo. A pasta disse que houve problema t�cnico que estaria sendo corrigido.

 

Mem�ria

Lavanderia organizada


A Opera��o Lava-Jato investigou um grupo de quatro doleiros que teria movimentado ao menos R$ 10 bilh�es. Os recursos tinham origens diversas: tr�fico internacional de drogas, contrabando de diamantes, lavagem de dinheiro empresarial e corrup��o. Ao chegar a Alberto Youssef, a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico se depararam com o ex-deputado Jos� Janene (PP-PR), falecido em 2010, e um esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. Segundo os investigadores, o esquema consistia em um cartel de empreiteiras que combinava licita��es na estatal. Um “clube” acordava o rod�zio de obras. Os contratos eram superfaturados em 3%, em m�dia. Com esse adicional, os valores chegavam a funcion�rios da Petrobras e partidos pol�ticos que bancaram suas indica��es: PT, PMDB e PP.  Um dos c�lculos do MPF estima as perdas em R$ 2,1 bilh�es, sendo R$ 500 milh�es recuperados por acordos extrajudiciais com os delatores do esquema. Mas a pr�pria Petrobras admitiu uma cifra de R$ 88 bilh�es em perdas, que envolvem n�o s� corrup��o. 


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