
Mary chegou a ser presa em 2008, durante a Opera��o Jo�o de Barro. Na �poca, ela era secret�ria -executiva do Cons�rcio Intermunicipal de Sa�de (Cisdoce) e apontada como uma das operadoras do esquema de fraude em licita��es financiadas com verbas de emendas parlamentares. Denunciada pelo Minist�rio P�blico Federal (MPF), a assessora de Magalh�es durante seu mandato na C�mara dos Deputados teve conversa telef�nica divulgada, na qual ela oferece a pr�pria conta banc�ria a um prefeito para o dep�sito de uma suposta propina.
Mary tamb�m est� junto com Jo�o Magalh�es em processo que investiga fraudes com verbas do Minist�rio do Turismo para a realiza��o de festas no Leste de Minas. Por causa desta a��o ela chegou a ter os bens bloqueados. Mary Lanes foi nomeada na sexta-feira, v�spera de carnaval, 13 de fevereiro, como assistente administrativo da Comiss�o de Administra��o P�blica, com um sal�rio de R$ 4.238.95. � um cargo de confian�a destinado ao presidente da comiss�o para exerc�cio no gabinete dele.
O deputado disse que ela foi parar inadvertidamente no cargo da Comiss�o e ser� renomeada diretamente em seu gabinete. “� uma pessoa correta, trabalhou em minha campanha e n�o tem condena��o. N�o podemos pr�-julgar”, afirmou. Mary Rosane Laes n�o foi encontrada pela reportagem. Magalh�es tamb�m n�o v� problemas em ser presidente da Comiss�o de Administra��o P�blica, apesar dos processos que sofre por improbidade. “Fui eleito para trabalhar e sou pago para isso. J� fui presidente de comiss�o na C�mara e n�o � porque tenho processo que tenho de deixar de ocupar espa�os. O dia que for condenado n�o trabalho mais”, justificou.
Jo�o Magalh�es n�o tem condena��o, mas � r�u por corrup��o passiva no Supremo Tribunal Federal (STF) e responde na Justi�a Federal, em Governador Valadares, a 33 a��es civis p�blicas propostas pelo Minist�rio P�blico Federal em raz�o de irregularidades em 17 munic�pios. Ele foi inocentado em duas e as outras est�o em andamento.
O parlamentar tamb�m � investigado em tr�s inqu�ritos por tr�fico de influ�ncia, crimes contra o sistema financeiro e a Lei de Licita��es. Um dos casos de corrup��o mais conhecidos envolvendo o nome de Magalh�es � o da Opera��o Jo�o de Barro, no qual, segundo o MPF, ficou comprovada a exist�ncia de um esquema de venda de emendas parlamentares mediante propinas de 10% a 20% do dinheiro liberado do Or�amento da Uni�o. O peemedebista sempre alegou inoc�ncia.
Por ele ter sido eleito deputado estadual, a partir deste ano – antes ele atuou em cinco mandatos seguidos de deputado federal –, os processos e inqu�ritos criminais que tramitavam no STF ser�o transferidos para a primeira inst�ncia, o que deve retardar ainda mais um julgamento definitivo. � frente da comiss�o ele ter� a fun��o de definir relatores ou emitir pareceres sobre todos os projetos de lei que tratem de aspectos da administra��o p�blica. O posto � um dos mais cobi�ados na Casa, junto com as comiss�es de Constitui��o e Justi�a e Fiscaliza��o Financeira e Or�ament�ria.