
O Pal�cio do Planalto apresentou a deputados da base aliada nesta ter�a-feira, 24, uma s�rie de medidas para garantir no Congresso a aprova��o do ajuste fiscal com mudan�as nas regras de acesso a benef�cios trabalhistas e previdenci�rios. Al�m de admitir mudan�as nas duas medidas provis�rias, anunciou que, a partir da pr�xima semana, ministros ir�o � C�mara para expor � bancada de cada partido os motivos pelos quais o governo julga importante as altera��es.
"Os ministros vir�o e � posi��o oficial nossa. Todos vir�o para debater qualquer assunto, seja ele indigesto ou n�o", afirmou o l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), que disse que o �nico pedido dos l�deres da base aliada foi de mais aten��o do governo.
As medidas provis�rias (MPs) 664 e 665 foram apresentadas pelo governo federal no final do ano passado. O ajuste fiscal endurece as regras de acesso a benef�cios previdenci�rios como seguro-desemprego e a pens�o por morte. Uma s�rie de emendas foi apresentada, inclusive por deputados do PT, partido da presidente Dilma Rousseff.
"Evidente que estamos abertos a melhorar as MPs", disse Guimar�es. "O governo topa discutir tudo, dialogar tudo, sem posi��o pr�-definida. Todo mundo est� convencido de que as medidas s�o boas. S� precisa fazer ajustes", afirmou o l�der.
Na reuni�o com o ministro Pepe Vargas (Rela��es Institucionais), l�deres aliados apresentaram propostas como a taxa��o de fortunas e a cria��o de "uma nova medida" para levar mais recursos para a sa�de. Essas propostas, segundo Guimar�es, tamb�m ser�o debatidas.
O governo tamb�m est� preocupado em melhorar a imagem do governo ante a popula��o e, por isso, tenta dar uma repaginada no pacote de medidas, que sofre cr�ticas de v�rios setores da sociedade, como, por exemplo, as centrais sindicais. "N�o s�o medidas de ajuste fiscal coisa nenhuma. S�o medidas que visam reposicionar os benef�cios previdenci�rios dentro de uma l�gica moralizadora, garantindo e mantendo os direitos trabalhistas", afirmou. "N�o se tira direito trabalhista no nosso governo", defendeu o l�der.
Mudan�a de postura
O PMDB, partido da base aliada que vinha impondo derrotas ao governo, se mostrou mais male�vel nesta semana e defendeu o reajuste fiscal para evitar o rebaixamento da nota da economia do Brasil pelas ag�ncias internacionais de risco.
"Queremos a demonstra��o clara, por parte do governo, que esses ajustes s�o necess�rios e trar�o benef�cios para a popula��o, para o Pa�s, no futuro. Uma vez demonstrados esses fundamentos, o PMDB tem toda inten��o de apoiar o governo na aprova��o dessas mat�rias", disse o l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ).
Picciani negou mudan�a de postura do partido. "O PMDB sempre teve boa vontade com a governabilidade", afirmou. "O governo tamb�m tem se esfor�ado, se aberto ao di�logo, sinalizado que a coaliz�o funcione como coaliz�o."