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Estado de Minas

'Omiss�o' do governo sobre autoritarismo na Venezuela � inaceit�vel, diz A�cio


postado em 24/02/2015 19:19 / atualizado em 24/02/2015 19:35


Em pronunciamento no Senado, o presidente nacional do PSDB, A�cio Neves (MG), criticou, nesta ter�a-feira, 24, o que considera "sil�ncio" e "inaceit�vel omiss�o" do governo da presidente Dilma Rousseff em rela��o ao que considera "escalada do autoritarismo" na Venezuela promovida pelo presidente Nicol�s Maduro.

O tucano conclamou o Congresso Nacional, diante da "omiss�o" do governo federal, a se manifestar em solidariedade �s liberdades democr�ticas do pa�s vizinho.

As cr�ticas do tucano referem-se � escalada da repress�o � oposi��o na Venezuela. Na quinta-feira da semana passada, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi detido por agentes de intelig�ncia em seu escrit�rio particular sob a acusa��o de "conspirar" contra o governo de Maduro.

"A posi��o conivente e silenciosa do Brasil com tudo isso � inaceit�vel e, ao meu ver, vergonhosa. A presidente da Republica n�o pode se esconder sobre o princ�pio de n�o interfer�ncia nos assuntos internos de um pa�s para deixar de agir em caso de tamanha gravidade", afirmou o tucano.

Na sexta-feira, 20, Dilma recebeu as credenciais da nova embaixadora venezuelana, Mar�a Lourdes Urbaneja, e disse que n�o poderia comentar "quest�es internas" daquele pa�s. Questionada se n�o havia constrangimento em receber as credenciais da embaixadora de um pa�s que det�m l�deres pol�ticos contr�rios ao governo, Dilma afirmou que as rela��es entre Brasil e Venezuela s�o boas e, por isto, o Pa�s n�o poderia interferir em assuntos do vizinho.

"N�o posso receber um embaixador com base apenas nas quest�es internas do pa�s. Recebo os embaixadores com base nas rela��es que estabelecem com o Brasil", declarou a presidente.

A�cio disse que n�o ser� de se estranhar caso, em breve, ocorra um banho de sangue naquele pa�s sul-americano e destacou que o Brasil vai pagar um pre�o "muito alto" por sua omiss�o. "A a��o ou ina��o do governo Dilma, mais do que falar sobre o que ocorre nesse pa�s de povos irm�os, desnudar� o grau de respeito que consignamos aos princ�pios democr�ticos em nossa regi�o e ao nosso pa�s", destacou.

O presidente do PSDB disse que o Senado e a C�mara dos Deputados precisam se manifestar quanto ao cerceamento de liberdades com as recentes pris�es de pol�ticos e diante da decis�o do governo venezuelano de liberar o uso de armas letais em manifesta��es.

Ele afirmou que o Brasil deveria se manifestar assim como j� o fizeram a Col�mbia e o Chile e lembrou que, pelo Protocolo de Ushuaia - assinado em 1988 pelos integrantes � �poca do Mercosul e que reafirmou os compromissos democr�ticos do bloco -, os pa�ses precisam se inteirar sobre os assuntos internos dos demais.

O tucano defendeu que o Legislativo fa�a uma mo��o de censura ao governo venezuelano e que o Congresso constitua uma comiss�o ou mande representantes para visitar o pa�s vizinho.

A�cio lembrou que, em 2007, a oposi��o votou contra a entrada da Venezuela no Mercosul por j� enxergar, na ocasi�o, falta de respeito � democracia daquele pa�s, � �poca governado pelo ex-presidente Hugo Ch�vez. Em dezembro passado, o Brasil assumiu a presid�ncia do Mercosul.

As declara��es de A�cio provocaram um debate em plen�rio. Senadores da base aliada, como Ana Am�lia (PP-RS), Magno Malta (PR-ES), Gladson Cameli (PP-AC) e Waldemir Moka (PMDB-MS), S�rgio Petec�o (PSD-AC), Blairo Maggi (PR-MT) e Reguffe (PDT-DF), criticaram a situa��o por que passa o pa�s vizinho.

"Esse massacre que as oposi��es na Venezuela est�o sofrendo � uma viol�ncia inaceit�vel", afirmou Ana Am�lia. "N�o � poss�vel que o Brasil possa assistir a tudo isso e nada fazer", criticou Moka. "Esse caminho que est�o trilhando � o caminho da ditadura", refor�ou Maggi. "Na minha concep��o, o governo do nosso pa�s n�o deve se calar diante disso", concluiu Reguffe.


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