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Estado de Minas

Lula vai a Bras�lia para convencer parlamentares a votar pacote fiscal do governo

Ex-presidente se re�ne com petistas e peemedebistas em busca de acordo em torno do pacote fiscal, mas Renan sugere que o Planalto dispense 11,5 mil comissionados para dar exemplo


postado em 26/02/2015 06:00 / atualizado em 26/02/2015 07:10

 

Lula chega para jantar com a bancada do PT no Senado, antes de encontro com a cúpula do PMDB na Casa: ajuste fiscal no cardápio (foto: André Coelho/Agência O Globo)
Lula chega para jantar com a bancada do PT no Senado, antes de encontro com a c�pula do PMDB na Casa: ajuste fiscal no card�pio (foto: Andr� Coelho/Ag�ncia O Globo)

Bras�lia – O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva desembarcou nessa quarta-feira (25) em Bras�lia com uma miss�o �rdua. O cacique petista tenta convencer PMDB e PT a apoiar as propostas de ajuste fiscal encaminhadas pelo Planalto ao Congresso e que representar�o um arrocho de R$ 80 bilh�es, de acordo com estimativas feitas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no entanto, refor�ou que a tarefa ser� complicada, e sugeriu que o governo corte na pr�pria carne.

“O ministro Levy disse que o Brasil sofreu uma ‘escorregadinha’. Parece-me que foi um ‘escorregad�o’ para eles terem que cortar R$ 80 bilh�es. Por que n�o cortam os cargos comissionados do Executivo? Eu disse isso ao Levy. Nem que, mais para a frente, restituam os cargos. Mas cortar, agora, na carne, � o melhor exemplo que eles podem dar”, cobrou o peemedebista, estimando em 11,5 mil os comissionados que poderiam ser dispensados. “At� porque, tem um monte de esqueletos, como contratos p�blicos e opera��es de cr�dito e d�lar feitos pelo Banco Central que n�o est�o nessa conta dos R$ 80 bilh�es”, alfinetou Renan, ao criticar a estrat�gia adotada at� o momento pelo Planalto de restringir a tesourada a direitos previdenci�rios e trabalhistas.

Lula participou nessa quarta-feira de jantar com a bancada de senadores do PT e ainda teria um encontro com a c�pula do PMDB do Senado. Mais cedo, foi a vez de o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, reunir-se com a bancada do PMDB da C�mara, enquanto o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tomava caf� com as centrais sindicais. Em todos os encontros, ficou patente que o apoio poder� at� vir, mas ter� de ser conquistado a duras penas.

O cacique petista – que h� tempos aconselha a presidente Dilma Rousseff a ser mais incisiva na defesa das medidas econ�micas, para conseguir levar o PT, os movimentos sociais e os sindicatos para o lado dela – ouviu nessa qurata-feira muitas queixas da bancada de seu partido no Senado. No jantar, com a presen�a do presidente da legenda, Rui Falc�o, e do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, os petistas tinham muito do que reclamar a Lula. Desfiaram o ros�rio da escassez de aten��o do Planalto, da aus�ncia de di�logo da presidente e da completa falta de habilidade pol�tica na articula��o governamental, temas recorrentes ao longo do primeiro e in�cio do segundo mandato da petista.

Emendas

A falta de apoio a Dilma se traduz nas mais de 500 emendas apresentadas �s medidas provis�rias em tramita��o – muitas de autoria do pr�prio PT. “Vai ter que mudar. Do jeito que est�o, as propostas n�o passam”, afirmou o senador Delc�dio Amaral (PT-MS). S�o justamente os problemas internos do PT que fazem com que o PMDB se sinta � vontade. “O PT tem que nos provar – e provar � sociedade – que o rem�dio amargo de agora trar� benef�cios no futuro”, justificou o l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ).

Os deputados peemedebistas tamb�m defenderam a inclus�o de Michel Temer no conselho pol�tico que assessora a presidente Dilma, batizado de G-6. “O PT acha que n�o fizemos uma coaliz�o, mas uma fus�o, com eles no comando”, ironizou o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA).

Quarentena para fus�o de partidos

A C�mara aprovou nessa quarta-feira o projeto de lei que estipula a quarentena de cinco anos para a fus�o de partidos ap�s a cria��o de uma sigla. O texto, que ainda precisa passar pelo Senado, foi apresentado pelo l�der do DEM na C�mara, Mendon�a Filho (PE). A proposta � considerada “sob medida” para atrapalhar os planos do presidente do PSD e ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que trabalha para criar o Partido Liberal (PL), que seria posteriormente fundido com o PSD. O projeto foi apoiado por peemedebistas e parlamentares de oposi��o, que temem perder correligion�rios para o novo partido de Kassab. PT e outras siglas da base promoveram uma guerra regimental para evitar que o projeto fosse votado. Os petistas desejam a cria��o do PL, que reduziria a depend�ncia do governo em rela��o ao PMDB.


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