Por solicita��o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, o Supremo Tribunal Federal abriu investiga��o contra 47 pessoas que t�m foro privilegiado, al�m do tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari, e do lobista Fernando Baiano.
Todos foram citados no esquema de propinas na Petrobras pelos delatores Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, e o doleiro Alberto Youssef. Na rela��o est�o o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), a ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB) e os ex-ministros e senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Edison Lob�o (PMDB-MA), entre outros.

Tamb�m est�o na lista dois mineiros: o senador e ex-governador do estado Antonio Anastasia (PSDB) e o deputado federal Luiz Fernando Faria (PP).

Agora, o MP pedir� mais apura��es e levantamento de provas contra os investigados e, na etapa seguinte, denunciar� ao pr�prio Supremo aqueles que considere ter cometido crimes. Se as den�ncias forem aceitas, ser�o abertas a��es penais contra os acusados, que passar�o, ent�o, � condi��o de r�us. O ministro Teori Zavascki aceitou pedidos de arquivamento contra alguns citados, por n�o haver den�ncias consistentes, como o senador e ex-governador A�cio Neves (PSDB). E encaminhou parte dos casos, de pessoas sem foro privilegiado, a outras inst�ncias judiciais.

A rela��o dos pol�ticos

PP
Senadores
Ciro Nogueira (PI) Benedito de Lira (AL) Gladson Cameli (AC)
Deputados
Aguinaldo Ribeiro (PB) Sim�o Sessim (RJ) Nelson Meurer (PR) Eduardo da Fonte (PE) Luiz Fernando Faria (MG) Arthur Lira (AL) Dilceu Sperafico (PR) Jeronimo Goergen (RS) Sandes J�nior (GO) Afonso Hamm (RS) Mission�rio Jos� Ol�mpio (SP) L�zaro Botelho (TO) Luis Carlos Heinze (RS) Renato Molling (RS) Roberto Balestra (GO) L�zaro Britto (BA) Waldir Maranh�o (MA) Jos� Ot�vio Germano (RS)
Ex-deputados
Mario Negromonte (BA) Jo�o Pizzolatti (SC) Pedro Corr�a (PE) Roberto Teixeira (PE) Aline Corr�a (SP) Carlos Magno (RO) Jo�o Le�o (BA) Luiz Arg�lo (BA) (SDD desde 2013) Jos� Linhares (CE) Pedro Henry (MT) Vilson Covatti (RS)

PMDB
Senadores
Renan Calheiros (AL) Romero Juc� (RR) Edison Lob�o (MA) Valdir Raupp (RO)
Deputados
Eduardo Cunha (RJ), An�bal Gomes (CE)
Ex-governadora
Roseana Sarney (MA)

PT
Senadores
Gleisi Hoffmann (PR) Humberto Costa (PE) Lindbergh Farias (RJ)
Deputados
Jos� Mentor (SP) Vander Loubet (MS) C�ndido Vaccarezza (SP)

PSDB
Senador
Antonio Anastasia (MG)

PTB
Senador
Fernando Collor (AL)
ELES SER�O INVESTIGADOS

STF autoriza investiga��o contra 49 pessoas, das quais 35 parlamentares. Para Rodrigo Janot, pol�ticos recebiam pagamentos a partir de propinas cobradas de contratos com a Petrobras

Bras�lia – A lista dos investigados na Opera��o Lava-Jato, elaborada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, e divulgada na noite de ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, p�e sob suspei��o a c�pula do Congresso, ao autorizar a investiga��o dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E causa um estrago na base de sustenta��o do governo Dilma j� que, dos 49 investigados, 35 t�m mandato parlamentar e apenas um � de oposi��o: o senador e ex-governador de Minas Gerais Antonio Anastasia (PSDB).

Em nota divulgada ontem, Janot afirmou que os pol�ticos recebiam pagamentos mensais a partir de propinas cobradas de contratos com a estatal – remetendo, indiretamente, ao esc�ndalo do mensal�o, que levou a antiga c�pula do PT para a pris�o. “Segundo os depoimentos, os agentes pol�ticos respons�veis pela indica��o de Paulo Roberto Costa para a Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria”.

Para a Procuradoria-Geral da Rep�blica, os tr�s principais partidos da quadrilha que atuava na Petrobras s�o o PT, o PMDB e o PP. “Parte (das propinas) era destinada a integrantes do PT, respons�veis pela indica��o de Renato Duque para Diretoria de Servi�os. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a ser contratada, ap�s o concerto entre as empresas no �mbito do cartel. De 2004 a 2011, eram os integrantes do PP quem davam sustenta��o � indica��o de Paulo Roberto, e, a partir de meados de 2011, os integrantes do PMDB respons�veis pela indica��o do diretor da �rea Internacional da estatal passaram a apoiar o nome de Paulo Roberto para o cargo de diretor. Da� porque tamb�m passaram a receber uma fatia da propina”.

REPETI��O Os colaboradores da investiga��o, de acordo com o Minist�rio P�blico, “esclareceram que o esquema operado no �mbito da Diretoria de Abastecimento se repetia nas Diretorias de Servi�os e Internacional. O pagamento da propina era feito pelas empreiteiras diretamente aos agentes pol�ticos ou por meio dos operadores financeiros, Alberto Youssef, Fernando Baiano e Jo�o Vaccari Neto”.
Fragilizada politicamente na articula��o com o Congresso, Dilma n�o ser� investigada porque Janot declarou-se incompetente para analisar o envolvimento dela nas den�ncias referentes � Opera��o Lava-Jato. Mas ela ter� de lidar com um Congresso na defensiva, mais preocupado em preservar-se a si mesmo do que ajudar o governo neste momento de ajuste fiscal.

Dos 47 pol�ticos investigados, 32 s�o filiados ao PP; sete ao PMDB; seis ao PT; um ao PTB, al�m de Anastasia e Arg�lo. A lista inclui nomes de peso no parlamento. Pelo PT, por exemplo, os tr�s senadores mais representativos na defesa de Dilma Rousseff s�o citados na lista: o atual l�der no Senado, Humberto Costa (PE); o senador e candidato do partido ao governo do Rio em 2014, Lindbergh Farias (RJ); e a senadora, ex-chefe da Casa Civil e candidata do PT ao governo do Paran�, Gleisi Hoffmann.
Al�m deles, est�o sob investiga��o o ex-l�der do governo no Senado, Romero Juc� (PMDB-RR); o ex-presidente do partido Valdir Raupp (RO); e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), ex-presidente da Rep�blica.