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Estado de Minas A LISTA DE JANOT

Base aliada suspeita de 129 crimes

STF autorizou abertura de 23 inqu�ritos contra 34 integrantes da composi��o governista. Entre as acusa��es est�o corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha


postado em 08/03/2015 06:00 / atualizado em 08/03/2015 07:57

Entre os 35 nomes do Congresso Nacional incluídos na relação, 24 são deputados federais e 10, senadores (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press )
Entre os 35 nomes do Congresso Nacional inclu�dos na rela��o, 24 s�o deputados federais e 10, senadores (foto: Breno Fortes/CB/D.A Press )
Bras�lia – Trinta e quatro integrantes da base aliada da presidente Dilma Roussef s�o suspeitos de envolvimento em quatro crimes na Opera��o Lava-Jato, apurados em 23 diferentes inqu�ritos. S�o 50 ind�cios de corrup��o passiva, 50 de lavagem de dinheiro, um de evas�o de divisas e 28 de forma��o de quadrilha. Os alvos s�o os 24 deputados e 10 senadores de PT, PMDB, PP e PTB que integram a lista do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que apura pagamento de propina na Petrobras. A maior parte dos pol�ticos � suspeita de receber propina e de tentar esconder a origem do dinheiro fruto de negociatas.

Janot obteve autoriza��o do Supremo Tribunal Federal (STF) para abrir inqu�ritos contra 49 pessoas, sendo 35 parlamentares – o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) � o �nico nome da oposi��o. E ainda enviou pelo menos cinco investiga��es para outros tribunais, j� que os personagens n�o t�m mandato, como o ex-ministro da Casa Civil Ant�nio Palocci. O crime de corrup��o passiva prev� de dois a 12 anos de cadeia. De lavagem, de tr�s a 10 anos. Al�m da multa, o tempo de pris�o pode aumentar se algum ato do agente p�blico for retardado ou negligenciado em raz�o do suborno ou, ainda, se o crime for praticado por pessoas em cargos comissionados ou na dire��o de estatais. � a corrup��o passiva qualificada. � o caso da senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Gleisi Hoffman (PT-PR). Assim como ela, o ex-ministro de Minas e Energia Edison Lob�o (PMDB-MA) � suspeito de corrup��o qualificada e ainda responde por quadrilha. Nos documentos enviados ao ministro Teori Zavascki, do STF, Janot sugere que parlamentares, ex-parlamentares, ex-ministros e ex-governadores estariam envolvidos em uma “organiza��o criminosa complexa”.

A ex-ministra Gleisi foi acusada por Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de participar do esquema de desvios na estatal. Empreiteiras em cartel superfaturavam contratos e repassavam propinas. “Agentes p�blicos, pol�ticos e empres�rios atuavam em concerto”, afirma Janot no pedido de abertura da investiga��o. O doleiro disse que a ent�o ministra, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e at� a presidente Dilma conheciam o esquema, al�m dos ministros Edison Lob�o e Ideli Salvatti (Direitos Humanos); Jos� Dirceu e Ant�nio Palocci. “Paulo Roberto determinou a entrega de valores, recordando-se no caso da campanha para o Senado de Gleisi Hoffman no ano de 2010, quando o declarante pessoalmente entregou a quantia de R$ 1 milh�o para um senhor em um shopping de Curitiba”, relatou Youssef. Janot afirma que as apura��es da Lava-Jato obtiveram documentos que “aparentemente confirmam o teor das declara��es dos colaboradores”. O procurador cita uma agenda de Paulo Roberto com anota��es de propinas. Em rela��o a Gleisi, disse o ex-diretor, a indica��o � “PB” e “1,0”, uma refer�ncia ao marido da senadora, Paulo Bernardo, e ao pagamento.

QUADRILHA O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o Minist�rio P�blico Federal a investigar ainda se os pol�ticos suspeitos de envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras formavam uma quadrilha para cometer os crimes. O C�digo Penal estabelece pena de 1 a 3 anos para o crime de forma��o de quadrilha, o que pode elevar a puni��o total dos investigados em caso de condena��o. Entre os nomes que ser�o investigados neste ponto est�o o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Juc� (PMDB-RR) e o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto. Segundo o procurador-geral, a abertura de procedimento espec�fico para apurar a exist�ncia de uma atua��o coordenada dos pol�ticos no esquema visa “� integral apura��o do processo sist�mico de distribui��o de recursos il�citos a agentes pol�ticos, notadamente com utiliza��o de agremia��es partid�rias”.

O ex-presidente Fernando Collor � o �nico a ser investigado por evas�o de divisas. Documentos banc�rios mostram que ele recebeu dinheiro do doleiro Alberto Youssef. Em depoimento em 15 de fevereiro, Youssef disse que os valores foram entregues em esp�cie ao senador em um apartamento em S�o Paulo. O senador afirmou, em uma rede social, que � “estranho” a inclus�o do nome dele na lista de Janot. “Estou limpo, n�o temo nenhuma investiga��o e vou provar, mais uma vez, minha inoc�ncia”, completou.


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