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Estado de Minas

Delatores citam ao menos R$ 4 milh�es para ex-ministros


postado em 09/03/2015 09:37 / atualizado em 09/03/2015 09:51

Quatro dos cinco ex-ministros da presidente Dilma Rousseff que s�o alvo de investiga��o sob suspeita de envolvimento em irregularidades na Petrobras receberam, segundo delatores da Opera��o Lava-Jato, ao menos R$ 4 milh�es do esquema de corrup��o na estatal, al�m de uma "mesada" que variava de R$ 30 mil a R$ 150 mil.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou em dela��o premiada que o senador Edison Lob�o (PMDB-MA) solicitou a ele R$ 1 milh�o em 2008. Na �poca, Lob�o era Ministro de Minas e Energia - ele comandou a pasta de 2008 a 2010 e de 2011 a 2014.

As declara��es de Costa constam da peti��o encaminhada ao Supremo Tribunal Federal na semana passada pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. No documento, Janot pediu ao STF a instaura��o de inqu�rito para investiga��o do repasse a Lob�o. Costa disse que o ex-ministro n�o explicou a finalidade da transa��o.

"(Costa) pediu a Alberto Youssef a realiza��o desse pagamento, o qual teria origem no 'caixa do PP', ou seja, correria por conta do porcentual de 1% que esse partido teria direito em rela��o aos contratos firmados pela Petrobras com as empresas que faziam parte do cartel", diz a dela��o do ex-diretor. Lob�o negou participa��o em irregularidades na Petrobras.

O PP, com PT e PMDB, � suspeito de lotear diretorias da Petrobras para arrecadar entre 1% e 3% de propina em grandes contratos, mediante fraudes em licita��es e conluio de agentes p�blicos com empreiteiras organizadas em cartel.

Campanha

Al�m de Lob�o, Costa relatou um repasse de R$ 2 milh�es ao ex-ministro da Fazenda (2003-2006) e ex-ministro da Casa Civil (2011) Antonio Palocci em 2010, quando o petista coordenava a campanha presidencial de Dilma. Costa afirmou que Palocci solicitou o montante para a candidatura da presidente na �poca. O pagamento, segundo o ex-diretor, foi feito por Youssef. O doleiro, por�m, nega que tenha dado dinheiro para Palocci. O ex-ministro da Casa Civil de Dilma tamb�m Palocci recha�a as acusa��es de Costa.

O ex-diretor da Petrobras fez men��o tamb�m � ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. A senadora (PT-PR), de acordo com Costa, recebeu, por meio do doleiro Alberto Youssef - que confirmou a informa��o em sua dela��o -, R$ 1 milh�o em 2010 para sua campanha ao Senado. A ex-ministra foi eleita naquele ano e, um ano depois, foi indicada para a Casa Civil, onde permaneceu at� 2014. Gleisi negou ter recebido doa��o do ex-diretor e afirmou ser v�tima de "denuncismo".

Os outros dois ex-ministros investigados, M�rio Negromonte e Aguinaldo Ribeiro, que foram titulares do Minist�rio das Cidades, tamb�m foram citados pelos delatores da Lava-Jato. Negromonte, que era filiado ao PP e ocupou a pasta de 2011 a 2012, chefiou um esquema il�cito no minist�rio envolvendo contratos de rastreamento veicular, segundo Youssef.

O doleiro, no entanto, n�o informa valores que o ex-ministro teria recebido. Negromonte tamb�m foi mencionado por Costa como um dos benefici�rios do esquema na Petrobras. Ele diz nunca ter recebido "vantagens indevidas".

Ribeiro, que � deputado federal pelo PP e foi ministro de 2012 a 2014, se beneficiou do pagamento mensal de propina ao PP, segundo Youssef. De acordo com o doleiro, o deputado recebia repasses mensais que variavam de R$ 30 mil a R$ 150 mil da "cota" do PP no esquema. O ex-ministro informou que s� vai se manifestar quando tiver conhecimento sobre o teor dos documentos.

Foro

Na semana passada o ministro do STF Teori Zavascki mandou investigar 50 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de corrup��o na Petrobras, entre elas 34 parlamentares.

A investiga��o sobre Palocci foi remetida � Justi�a Federal no Paran�. Gleisi, Lob�o e Ribeiro, por serem parlamentares, det�m foro privilegiado e est�o sendo investigados no Supremo. Negromonte, como conselheiro do Tribunal de Contas dos Munic�pios da Bahia, ser� investigado no Superior Tribunal de Justi�a.


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