S�o Paulo e Curitiba, 10 - A propina que caiu nas contas de Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Servi�os da Petrobras, rendeu US$ 12,76 milh�es em institui��es financeiras na Su��a. Em quatro contas - Tropez, Dole, Marll e Rhea -, Barusco acumulou saldo de US$ 54,29 milh�es, a maior parte no per�odo entre 2004 e 2014. Eram tantos os pagadores de propinas que nem o pr�prio Barusco sabe apontar com precis�o a origem de dep�sitos que abasteceram suas contas na Su��a.
Em duas passagens da dela��o, ele descreve a origem da propina e diz que n�o conseguiu identificar quem teria mandado o dinheiro.
"Que US$ 2.146.415,00 de outros que ainda n�o conseguiu identificar", disse o ex-gerente em um primeiro momento. "Que o restante n�o conseguiu identificar a origem das propinas."
As informa��es constam do pr�prio depoimento de Pedro Barusco � for�a tarefa da Opera��o Lava Jato. Ele fez dela��o premiada. Para se livrar da pris�o, decidiu revelar os caminhos da corrup��o na estatal petrol�fera. O relato em que ele esmi��a os ativos e as aplica��es em bancos su��os foi dado em novembro de 2014.
A primeira conta foi aberta entre 1997 e 1998. At� 2003, o saldo era de US$ 1,8 milh�o. Em 2004 Barusco abriu a primeira offshore, Tropez Real State. Ela deu nome � conta que atingiu montante de US$ 13,51 milh�es, dos quais US$ 8,7 milh�es tiveram origem em propinas e o restante foi de rendimentos (US$ 4,75 milh�es).
Na segunda conta, batizada Dole, aberta em 2005 e encerrada em 2014, o saldo bateu em US$ 11,05 milh�es, dos quais US$ 2,86 milh�es s� em rendimentos. Ainda em 2005 ele abriu a conta Marl que, ao ser encerrada, apresentava saldo de US$ 15,44 milh�es. Desse montante, US$ 12,71 milh�es foram em propinas. A Dole engordou com US$ 2,72 milh�es em rendimentos.
A conta Rhea chegou a um volume de recursos de US$ 14,28 milh�es, dos quais US$ 11,86 milh�es relativos a "dep�sitos de propinas". O rendimento bateu em US$ 2,41 milh�es.