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Estado de Minas

Enquanto oposi��o se anima com protestos, base tem problemas no Legislativo

Para os oposicionistas, se o Planalto n�o dialogar, a caminhada rumo ao impeachment ser� inevit�vel. J� os aliados refor�aram a necessidade da reforma pol�tica


postado em 16/03/2015 09:34

(foto: Carlos Silva/EM/D.A Press)
(foto: Carlos Silva/EM/D.A Press)

Ap�s assistir � insatisfa��o de uma multid�o que saiu �s ruas para se manifestar contra o governo e atos de corrup��o, parlamentares da base aliada e da oposi��o tiveram diagn�sticos completamente antag�nicos sobre os desdobramentos dos protestos. Para os oposicionistas, se o Planalto n�o souber fazer a leitura correta dos protestos, a caminhada rumo ao impeachment ser� inevit�vel. J� os aliados refor�aram a necessidade da reforma pol�tica, mesmo argumento apresentado pelos ministros Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), em entrevista coletiva no in�cio da noite de ontem.

A �nica concord�ncia entre os advers�rios foi a surpresa com o tamanho das manifesta��es de rua. “Foi a fotografia da indigna��o, a sinaliza��o da popula��o. E, se o governo n�o souber dar respostas com atitudes, e n�o apenas palavras, ser� inevit�vel o debate sobre o impeachment”, avaliou o l�der da oposi��o no Senado, �lvaro Dias (PSDB-PR). “O Congresso precisa agora interpretar o sentimento da popula��o, pois est� muito claro que n�o aguenta mais o que est� a�”, complementou o ex-l�der do PSDB na C�mara deputado Ant�nio Imbassahy (BA), que confirmou um encontro da bancada nesta semana para avaliar os desdobramentos dos protestos.

De sa�da do PT, a senadora Marta Suplicy (SP) mais uma vez atacou a presidente Dilma Rousseff e defendeu o ato pac�fico de ontem. “Os protestos foram contra os equ�vocos e a in�rcia de um governo que se tem mostrado incapaz de dar respostas a uma sucess�o de crises. Que saibam compreender a mensagem das ruas”, alfinetou a senadora paulista, que se diz abandonada pela legenda. Especula-se que ela migrar� para o PSB para ser candidata � prefeitura de S�o Paulo em 2016.

Reforma pol�tica


Em S�o Paulo, ao participar do protesto na Avenida Paulista, o presidente nacional do PPS, Paulo Freire, afirmou que “as ruas precisam decidir o que fazer e n�o mais se restringir �s manifesta��es contra o governo”. Em Curitiba, o l�der do PPS na C�mara, Rubens Bueno (PR), que tamb�m participou dos protestos, ressaltou que “s� com o povo nas ruas, demonstrando sua indigna��o, poderemos venc�-la; a popula��o fez a sua parte e temos esse movimento vitorioso”.

J� os governistas v�o investir na vota��o da reforma pol�tica para tentar dar uma resposta r�pida �s cobran�as da sociedade. V�lvula de escape da base, a proposta que rev� a legisla��o eleitoral se torna um dos principais alvos no Congresso. No caldeir�o de medidas que devem vir � tona agora, o governo ter� de lidar tamb�m com as investiga��es da CPI da Petrobras, que podem sangrar mais o governo da presidente Dilma Rousseff, j� prejudicado pela Opera��o Lava-Jato e pela lista dos denunciados pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.

L�der do PT na C�mara, o deputado Sib� Machado (AC) convocou a bancada petista para avaliar juntos a repercuss�o das manifesta��es e tentar encontrar medidas que diminuam o desgaste do governo. “Foi uma manifesta��o ordeira e o di�logo agora tem de ser travado. O Congresso tem de votar medidas para destravar a economia e garantir o crescimento do pa�s”, analisou Machado. Presidente nacional do PT, Rui Falc�o foi al�m ao afirmar que pretende que o partido tamb�m mude p�s-manifesta��es. “Vamos tomar medidas de ajuste, renov�-lo. O Brasil muda, o PT muda com o Brasil.”

Para o cientista pol�tico e ex-professor da Universidade de Bras�lia (UnB) Murilo Arag�o, as manifesta��es enfraqueceram ainda mais o governo e expuseram a necessidade de melhorar a articula��o pol�tica. “Apesar de a base dizer que o ato somou m�ltiplas agendas, tudo se catalisa em torno do governo, que sai como o grande derrotado das manifesta��es”, explicou. “N�o existe solu��o m�gica, mas uma colet�nea de assuntos que precisam ser melhorados, como recuperar o di�logo; reconhecer que � um governo de coaliz�o; abrir a possibilidade de conversar com a oposi��o e reconhecer os erros para buscar o di�logo”, concluiu o cientista pol�tico.


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