Curitiba - O empres�rio e lobista Adir Assad, preso nesta segunda feira pela Pol�cia Federal na Opera��o 'Que Pa�s � Esse?', � apontado como o 'Marcos Val�rio do esquema Delta', a empreiteira que se associou ao contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo a PF, Assad agia como operador dos esquemas da Delta para repasse de propinas a pol�ticos, o que lhe valeu a compara��o com o operador do mensal�o - Marcos Val�rio foi acusado de fazer repasses de dinheiro il�cito a pol�ticos.
Assad tem um longo hist�rico de liga��es com empresas de fachada geralmente usadas para financiamento de campanhas com recursos desviados de obras p�blicas. A empreiteira Delta foi alvo das investiga��es que resultaram na pris�o de Carlinhos Cachoeira.
Agora na mira da Opera��o 'Que Pa�s � Esse?', na qual tamb�m foi capturado o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque, o lobista Assad aparece como s�cio majorit�rio ou gestor de dezenas de companhias que s� existem no papel, segundo os investigadores.
Em setembro de 2013, a PF deflagrou a Opera��o Saqueador. Na ocasi�o, a PF informou que a Delta e seu controlador, o empres�rio Fernando Cavendish, transferiram R$ 300 milh�es para 19 empresas de fachada entre 2007 e 2012. O dinheiro era sacado em esp�cie, nos bancos, por pessoas que tinham procura��es das empresas fict�cias.
Na Opera��o Saqueador, 100 policiais federais cumpriram 20 mandados de busca e apreens�o no Rio, S�o Paulo e Goi�s. Amparada na quebra do sigilo banc�rio de cerca de 100 pessoas f�sicas e jur�dicas, autorizada em 2012 pela CPI do Cachoeira, a Pol�cia Federal constatou que Assad aparece como laranja de quase uma dezena de empresas de fachada, por meio das quais fazia emiss�o de notas frias de servi�os e loca��o de m�quinas e equipamentos para a empreiteira.
O sistema, segundo os federais, permitia que recursos desviados de obras p�blicas retornassem ao caixa da empreiteira e, depois, eram usados para duas finalidades: corromper servidores para ganhar licita��es e financiar campanhas eleitorais por meio de caixa 2.