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Estado de Minas

Dilma tira Mercadante da negocia��o com o Congresso ap�s sofrer derrotas


postado em 23/03/2015 07:19 / atualizado em 23/03/2015 07:42

Dilma afasta Mercadante da articulação política a pedido do ex-presidente Lula(foto: Marcello Casal Jr/ABr Brasilia )
Dilma afasta Mercadante da articula��o pol�tica a pedido do ex-presidente Lula (foto: Marcello Casal Jr/ABr Brasilia )

Bras�lia - Aconselhada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff colocou em pr�tica o afastamento do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da articula��o pol�tica do governo. A movimenta��o de Lula iniciou-se no come�o de fevereiro, logo ap�s o Pal�cio do Planalto sofrer derrotas no Congresso que foram atribu�das por petistas e aliados � atua��o do ministro petista.

As principais cr�ticas a Mercadante referem-se a decis�es vistas como de confronto com o PMDB. O governo estimulou o lan�amento da candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acabou eleito presidente da C�mara, em fevereiro.

Atribui-se tamb�m ao chefe da Casa Civil a ideia de cria��o de um novo n�cleo governista, com a participa��o do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e do agora ex-ministro da Educa��o Cid Gomes (PROS). O que mais irritou pemedebistas foi a propalada ideia de cria��o de um novo partido, por Kassab, entendido como uma tentativa de reduzir poder do principal aliado do governo.

At� Lula pedir o afastamento de Mercadante das fun��es de coordenador pol�tico, o ministro agia ativamente para tentar aprovar no Congresso as propostas encaminhadas pelo Executivo. Chegou a se reunir com as bancadas do PMDB e do PSD para pedir apoio ao pacote fiscal formulado pela equipe econ�mica.

Mas essa fun��o passou a ser exercida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy - especialmente depois que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), devolveu ao Executivo uma das medidas provis�rias do ajuste fiscal, que reduzia a desonera��o da folha de pagamento das empresas.

Desde o in�cio do m�s, Levy j� esteve no Congresso reunido com Renan Calheiros e Eduardo Cunha para discutir as medidas do pacote, assim como com a bancada do PT na C�mara, com a qual ele se reuniu na �ltima ter�a-feira. A aus�ncia de Mercadante no encontro com seu partido n�o passou despercebida aos participantes da reuni�o.

Protestos

Ap�s as manifesta��es do dia 15 de mar�o contra o governo Dilma, que levaram milhares de pessoas �s ruas, outros nomes da articula��o pol�tica vieram a p�blico responder pelo Pal�cio do Planalto. Coube aos ministros da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rossetto, falar ainda no domingo sobre os protestos. O resultado da entrevista foi considerado "um desastre" por petistas e aliados, principalmente pelo tom de confronto adotado por Rossetto.

No dia seguinte, houve a troca dos porta-vozes do governo. Dessa vez, Cardozo fez dobradinha com o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB). Ambos participaram de coletiva de imprensa no Pal�cio do Planalto para, numa nova tentativa, apresentar uma resposta do governo aos protestos. Mercadante, mais uma vez, esteve ausente.

O chefe da Casa Civil at� participou do lan�amento, no Pal�cio do Planalto, do pacote anticorrup��o, na quarta-feira passada. Mas foi o ministro da Justi�a quem voltou a ser o protagonista na apresenta��o feita aos l�deres do Congresso. Foi Cardozo tamb�m quem comentou a queda na aprova��o de Dilma, que chegou a 13%, e a reprova��o, a 62%, segundo o Datafolha.

O chefe da Casa Civil teve ainda participa��o discreta na apresenta��o da medida provis�ria da renegocia��o das d�vidas dos clubes, lan�ada por Dilma e pelo ministro do Esporte, George Hilton, na �ltima quinta-feira.

Confian�a

Embora o afastamento de Mercadante da coordena��o pol�tica j� tenha sido posto em pr�tica, integrantes da c�pula do PT e de partidos aliados apostam que dificilmente Dilma ir� tir�-lo da Casa Civil, por se tratar de um cargo de confian�a da presidente. O ministro da Defesa, Jaques Wagner,muito pr�ximo de Lula, � o mais lembrado para assumir o posto por ser considerado mais habilidoso na condu��o pol�tica.

A presidente preferiu, at� o momento, ampliar o n�cleo da articula��o pol�tica, com a inclus�o dos ministros da Ci�ncia e Tecnologia, Aldo Rebelo (PCdoB), da Avia��o Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e de Gilberto Kassab.

Declara��o de Dilma da semana passada, de que ir� fazer mudan�as "pontuais" em sua equipe, tamb�m foi interpretada por aliados como um sinal da indisposi��o da presidente em tirar Mercadante do Planalto.

Ele passou a ser o nome mais lembrado para voltar ao Minist�rio da Educa��o, em substitui��o a Cid Gomes, depois que um bate-boca com Eduardo Cunha no plen�rio da C�mara o levou � demiss�o. Mas j� h�, entre l�deres pol�ticos, quem aposte que Dilma ir� optar por um "t�cnico" para tocar a pasta.


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