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Estado de Minas

CGU mandar investigar propina em contratos da Copa


postado em 24/03/2015 06:00 / atualizado em 24/03/2015 07:35

Centro Integrado de Comando e Controle, em Brasília, coordenou as ações de segurança na Copa: R$ 13,1 mi só em monitores e software (foto: Iano Andrade/PR - 22/5/14)
Centro Integrado de Comando e Controle, em Bras�lia, coordenou as a��es de seguran�a na Copa: R$ 13,1 mi s� em monitores e software (foto: Iano Andrade/PR - 22/5/14)

Bras�lia – O ministro da Controladoria-Geral da Uni�o, Valdir Sim�o, determinou nessa segunda-feira, a pedido do Minist�rio da Justi�a, a abertura de processo para investigar den�ncias de que empregados da empresa alem� de engenharia Bilfinger teriam pagado propina a funcion�rios p�blicos e de estatais em grandes munic�pios brasileiros para conquistar contratos para a Copa do Mundo de 2014. A companhia alem� j� havia iniciado processo de investiga��o interna para apurar os supostos pagamentos de propina. A revela��o foi publicada pelo jornal alem�o Bild e confirmada pela empresa. No total, a companhia fechou em 2014 contratos com o governo brasileiro avaliados em R$ 21,2 milh�es.

Segundo a reportagem, a Bilfinger desembolsou 20 milh�es de euros a funcion�rios p�blicos no Brasil e a integrantes da Fifa para firmar contratos e fornecer os monitores usados no Centro Integrado de Comando e Controle do Mundial de Futebol. O suborno teria ocorrido por interm�dio da empresa Manuell, um dos bra�os da Bilfinger, de acordo com o Bild. A Fifa se eximiu de culpa e afirmou que quest�es de seguran�a n�o eram sua responsabilidade e que tal medida era de compet�ncia do Comit� Organizador da Copa, ao lado do governo brasileiro. “Nem a Fifa nem seus empregados estiveram envolvidos em contratos de cidades-sedes ou do governo federal”, declarou a entidade. Para a Fifa, esses s�o servi�os que “claramente cabem �s autoridades locais e n�o pertencem �s �reas de responsabilidade da entidade”.

Al�m da Copa, a empresa presta servi�os no pa�s para a Petrobras, para a Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP), para o Senado Federal e para a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel). Apenas para o fornecimento de 1,5 mil monitores e software para o Centro Integrado de Comando e Controle da Copa do Mundo, foram R$ 13,1 milh�es em contratos, dinheiro que saiu da Secretaria Extraordin�ria de Seguran�a e Grandes Eventos. O sistema era considerado como um dos principais legados do Mundial e permitia a centraliza��o da opera��o de seguran�a.

Ao Bild, o porta-voz da empresa na Alemanha, Sacha Bamberger, revelou que foi uma “den�ncia interna” que resultou em uma investiga��o. “Come�amos esse processo em 2014”, afirmou. A empresa confirma que uma avalia��o inicial mostrou que, de fato, empregados est�o sob a suspeitas de terem pago propinas no Brasil para ficar com os contratos. Mas sugere que os valores seriam menores e apenas incluiriam um contrato de 6 milh�es de euros. “A Bilfinger recebeu informa��es internas no ano passado indicando que pode ter havido viola��es nos regulamentos de �tica do grupo a respeito do fornecimento de monitores para os centros de seguran�a em grandes munic�pios brasileiros”, disse a companhia por meio de nota.

Na avalia��o inicial da empresa, n�o restam d�vidas de que existem provas que de fato “substanciam” as acusa��es e suspeitas que foram levantadas. A quest�o, segundo ela, � saber quem recebeu e quanto. Por enquanto, a Justi�a alem� afirma que est� apenas “acompanhando o caso”. Mas a pr�pria Bilfinger admite que, dependendo do resultado da investiga��o, a empresa abrir� um processo contra os envolvidos.

POL�MICA Durante a Copa, a quest�o da seguran�a gerou pol�mica, principalmente ap�s a invas�o do Maracan� por torcedores chilenos. Quem venceu a licita��o para se ocupar do est�dio no Rio, por exemplo, tamb�m foi alvo de cr�ticas das demais empresas do setor. A vencedora no caso do Rio foi a Sunset Vigil�ncia, que tinha como diretor o tenente-coronel da PM Anderson Gon�alves. At� 2013, ele atuava na equipe de seguran�a do ent�o governador do Rio, S�rgio Cabral Filho. No Cear�, o Sindicato de Vigias do Estado havia alertado a Fifa de que a empresa contratada para fazer a seguran�a do Castel�o, em Fortaleza, era a menos indicada do setor e que n�o daria conta do evento. Nos primeiros jogos, o governo foi obrigado a assumir parte da seguran�a – caso da partida entre Brasil e M�xico.


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