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Estado de Minas

Emiss�rio de Renan 'me passou a perna', diz Paulo Roberto Costa

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que o "calote" em propina foi de R$ 800 mil


postado em 26/03/2015 12:19 / atualizado em 26/03/2015 12:34

S�o Paulo - Em depoimento complementar � for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, prestado no in�cio de fevereiro deste ano, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobr�s Paulo Roberto Costa afirmou que o deputado federal An�bal Gomes (PMDB-CE) ficou devendo R$ 800 mil para ele. O dinheiro teria sido prometido a Costa, primeiro delator da Lava-Jato, para que ele ajudasse o Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem e Contramestres em Transportes Mar�timos a resolver um impasse com a Petrobr�s.

O depoimento do ex-diretor foi gravado em v�deo pela for�a tarefa da Lava-Jato. "Ele (Anibal) me procurou para poder agilizar o processo. Porque eu podia chegar l� e dizer: 'N�o vou ver isso. Talvez daqui a um ano.' Eu podia fazer isso. Eu falei: 't� bom, Anibal, vamos ver isso'", contou o delator. "O An�bal falou: 'Paulo, esse aqui, se a gente conseguir resolver esse assunto aqui, voc� vai ter um ganho aqui de R$ 800 mil. S� que ele nunca me deu esse valor. Ele me passou a perna."

Segundo Costa, o deputado An�bal Gomes disse que estava “representando” o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). O ex-diretor disse que acabou n�o recebendo nada por sua atua��o no caso. Ele afirmou tamb�m que n�o houve sobrepre�o no ajuste com o Sindicato e nem conversa entre ele e Renan. A tratativa, contou o delator, teria sido feita diretamente com Anibal, suposto emiss�rio do senador, em uma reuni�o entre os dois no Rio.

“Obviamente que se a minha parte era R$ 800 mil, a parte dele era muito maior”, disse Costa. “Quando ele falou que R$ 800 mil era para mim, o restante era para o grupo deles. Ele n�o me falou ‘Renan’. Eu subentendi.”

O deputado foi prefeito de Araca� (CE) no per�odo de 1989 a 1993. Ferrenho defensor da fam�lia Calheiros no Congresso, An�bal Gomes empregou em seu gabinete, como assessor, o filho mais novo do presidente Senado Rodrigo Rodrigues Calheiros. No ano passado, a Petrobr�s informou que o sindicato solicitava que a Transpetro patrocinasse um curso para que contramestres pudessem se formar mestres de cabotagem. O curso n�o foi realizado.

Ap�s seu nome ser citado pela primeira vez na Opera��o Lava-Jato, no in�cio de mar�o, o deputado se pronunciou assim:

"O senador Renan Calheiros � meu companheiro de partido e uma das nossas principais lideran�as, o conhe�o desde o meu primeiro mandato, que se iniciou em 1995. Quanto a citada interlocu��o com o Sindicato Nacional dos Mestres de Cabotagem em Transportes Mar�timos, junto ao Dr. Paulo Roberto e Dr. S�rgio Machado, n�o lembro. Somos sempre procurados por sindicatos para agiliza��o de seus processos, e se algum dia fiz gest�o nesse sentido n�o precisaria oferecer propina a ningu�m, seria uma solicita��o institucional. Rodrigo Calheiros, filho do Senador Renan trabalhou em meu gabinete de 2008 a 2011, como assessor parlamentar."

"Ressalto que nunca fui interlocutor do Senador Renan, nem de quem quer que seja, junto a qualquer �rg�o, e que todas as minhas reivindica��es s�o feitas dentro de rela��es institucionais e de minha total responsabilidade. Nunca me envolvi em irregularidades junto a Petrobr�s, ou qualquer outra Estatal, de natureza direta ou indireta."

"Conheci o dr. Paulo Roberto h� alguns anos, j� como Diretor da Petrobr�s, engenheiro de carreira, muito atencioso e reconhecido junto aos funcion�rios daquela institui��o como um gestor competente e respeitado."


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