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Estado de Minas

Operador de propinas na Petrobras tentou sacar R$ 300 mil ap�s depor � PF


postado em 27/03/2015 14:01 / atualizado em 27/03/2015 14:36

Preso pela for�a tarefa da Opera��o Lava Jato nesta sexta feira no Rio de Janeiro, sob suspeita de operar propinas para o engenheiro Renato Duque - ex-diretor de Servi�os da Petrobras -, Guilherme Esteves de Jesus havia tentado sacar R$ 300 mil de uma conta no HSBC. A transa��o foi barrada e comunicada pelo banco ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Na ocasi�o em que tentou o resgate, dia 6 de fevereiro, Esteves declarou ao gerente da conta que "seria alvo de investiga��es perpetradas no �mbito da Opera��o Lava Jato".

Esteves foi preso por ordem do juiz federal S�rgio Moro, que conduz todas as a��es da Lava Jato. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, Guilherme Esteves teria atuado como operador financeiro para o pagamento de propinas ao ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque, preso no in�cio de mar�o, e ao ex-gerente de Servi�os e bra�o direito de Duque, Pedro Barusco, que fechou acordo de dela��o premiada e admitiu o recebimento de propinas na estatal petrol�fera.

Esteves teria tamb�m 'viabilizado o pagamento de vantagens indevidas a Jo�o Vaccari, por meio de esquema pr�prio' - o tesoureiro do PT foi denunciado pela Procuradoria da Rep�blica � Justi�a Federal por corrup��o e lavagem de dinheiro. Segundo relat�rio do COAF entregue ao Minist�rio P�blico Federal (MPF), Guilherme Esteves tem renda mensal declarada de R$ 1.200 e um saldo de R$ 2,2 milh�es no banco. A alega��o do suposto operador de propinas na Petrobras � que a mulher dele, Lilia, � dentista e tem renda mensal de R$ 21,2 mil.

Ao pedir a pris�o preventiva de Esteves, a Procuradoria da Rep�blica destacou que, ap�s prestar depoimento na sede da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, no Rio, em 6 de fevereiro, ele foi a uma ag�ncia do HSBC e pediu 'provisionamento de saque de R$ 300 mil para o dia 11 de fevereiro de 2015'.

"Como justificativa, informou ao respons�vel pelo atendimento que seria alvo de investiga��es perpetradas no �mbito da Opera��o Lava Jato", diz o documento do MPF. "Chama a aten��o, portanto, como um casal com renda m�dia mensal de R$ 21,2 mil possu�a como saldo em apenas uma conta banc�ria mais de R$ 2 milh�es, bem como apresentava intensa movimenta��o financeira, conforme consta tamb�m no relat�rio formulado pelo Coaf."

Para a for�a tarefa da Lava Jato, a tentativa de saque fez parte de uma estrat�gia para ocultar o dinheiro e, 'possivelmente, evadir-se do territ�rio nacional' e de desrespeito � ordem judicial de bloqueio de valores. A Procuradoria pediu que tamb�m a mulher de Guilherme Esteves, L�lia Esteves de Jesus, fosse presa. O juiz mandou prender apenas Esteves.

"Ambos foram respons�veis, de forma consciente e volunt�ria, por impedir e embara�ar o legal exerc�cio da investiga��o dos il�citos de corrup��o, organiza��o criminosa e lavagem de ativos, praticados pelo �ltimo, o que certamente, diante dos documentos ou numer�rios que vieram a ser suprimidos, prejudicou em grande medida as investiga��es", diz a Procuradoria.

A Procuradoria diz que no dia em que a Pol�cia Federal esteve na resid�ncia do casal para cumprir mandado de busca e apreens�o, em 6 de fevereiro de 2015, L�lia enganou os policiais. Ela n�o deixou os agentes entrarem imediatamente, sob justificativa de que teria de prender os c�es.

"Todavia, as autoridades policiais s� foram recebidas 8 minutos depois, quando Guilherme Esteves de Jesus abriu a porta da casa, j� havendo tentativa de entrada for�ada no local por parte da equipe policial", relatou a PF � Procuradoria.

"O investigado informou aos policiais, mediante questionamento, que possu�a duas armas de fogo no local - uma sem registro -, assim como de que estariam em casa apenas duas filhas. Ao ser perguntado sobre L�lia Loureiro Esteves de Jesus, visto que foi quem os atendeu via interfone, disse que ela tamb�m se encontrava no local e que estaria preocupado com a esposa, j� que n�o conseguia encontr�-la."

Pacote

O Minist�rio P�blico Federal diz no documento que descobriu-se, por meio de an�lise das c�meras de seguran�a do local, que Lilia, com a colabora��o de Guilherme, 'durante lapso temporal de 8 minutos em que a equipe aguardava ser o acesso franqueado', saiu da casa com 'um pacote de grande volume'. O epis�dio foi lembrado pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz todas as a��es da Opera��o Lava Jato, no despacho em que autorizou a pris�o de Guilherme Esteves.

"Da an�lise da sequ�ncia das imagens, considerando que Lilian portava um pacote ao sair da casa e que Guilherme Esteves intencionalmente tentou encobrir evid�ncias da sa�da de sua esposa ao fechar pelos trincos internos a porta dos fundos de sua casa, ficou claro, portanto, que houve evidente inten��o de sonegar provas que poderiam ser apreendidas no curso da execu��o do mandado de busca e apreens�o em uni�o de des�gnios do casa.", assinala o juiz S�rgio Moro.

Ao rejeitar pedido de pris�o da mulher de Esteves, o juiz ponderou. "Entendo que, apesar da participa��o de Lilia Loureiro Esteves de Jesus na subtra��o das provas durante a busca e apreens�o, a pris�o cautelar de Guilherme Esteves j� � suficiente para prevenir os riscos � ordem p�blica e � investiga��o e instru��o criminais."

"O ideal, por �bvio, em vista da subtra��o das provas seria a decreta��o da pris�o logo ap�s o ocorrido. Entretanto, isso n�o foi poss�vel, tendo este Ju�zo entendido que, por cautela, seria necess�rio pr�vio exame do material apreendido na resid�ncia do investigado, a fim de verificar se haveria ali provas de corrobora��o do depoimento de Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia da Diretoria de Servi�os da Petrobras que fez dela��o premiada). Infelizmente, em vista do ac�mulo dos trabalhos de investiga��o, a an�lise sum�ria desse material tardou a chegar ao Ju�zo. A demora na rea��o institucional � subtra��o de provas n�o significa, por�m, que ela n�o se faz necess�ria, tendo sido ela promovida com toda a rapidez que foi poss�vel."


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