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Estado de Minas

N�o houve superfaturamento na Refinaria Abreu e Lima, diz ex-gerente

Segundo o ex-gerente, a partir do aval da diretoria da empresa se passa a produzir um projeto mais detalhado para a refinaria


postado em 31/03/2015 14:18

O ex-gerente-geral Glauco Legatti negou haver superfaturamento nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. “N�o teve superfaturamento na obra”, disse nesta ter�a-feira Leggati durante seu depoimento na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras. “N�o existe na refinaria um servi�o sem ter contrapartida”, afirmou.

De acordo com o ex-gerente-geral da refinaria, mais de 90% dos contratos foram em reais e que o projeto final foi or�ado em R$ 26 bilh�es. O valor de 18 bilh�es de d�lares seria resultado de uma contabilidade da varia��o da taxa de c�mbio. “Ela foi contratada por R$ 26 bi, em 2009, vim aqui [no Congresso] e disse que a refinaria custava pr�ximo de 12 bilh�es. Como � que a gente explica esse neg�cio de U$ 13,3 que foi pra U$ 18,5 bilh�es: a Petrobras converte todos os seus investimentos para d�lar que na �poca era R$ 2,438”, disse.

Ainda de acordo com Legatti, o valor de 2,4 bilh�es de d�lares apontado como valor da Abreu e Lima se referia a um projeto inicial e que a conta mais acertada do custo da refinaria seria de 13,3 bilh�es de d�lares. “O primeiro projeto, de 2,4 bilh�es foi feito em 2005 e foi s� o projeto conceitual: quero uma refinaria de 200 mil barris e n�o se tinha mais nada [em termos de projeto]. Esse primeiro n�mero era pra come�ar a fazer o projeto. No segundo momento ela [a Petrobras] faz um projeto e define as unidades.

Segundo o ex-gerente, a partir do aval da diretoria da empresa se passa a produzir um projeto mais detalhado para a refinaria. “Nessa segunda fase, o projeto vai para 4,05 bilh�es de d�lares. Na fase tr�s a empresa decide implantar de fato a refinaria. “A refinaria de U$ 2,4 bi n�o existe, o que existe � a refinaria de U$ 13,3 bi”.

O ex-gerente-geral da Refinaria Abreu e Lima negou ainda ter tido conhecimento do esquema de carteliza��o investigado na Lava Jato e que s� teria tomado conhecimento das irregularidades quando elas foram tornadas p�blicas com as investiga��es da opera��o. Ele disse ainda que nunca soube de irregularidades praticadas pelos ex-diretores da estatal Renato Duque e pelo ex-gerente de servi�os Pedro Barusco. “S� temos relacionamento profissional, nenhum pessoal”, disse a respeito de Duque e Barusco.

Questionado se tinha alguma rela��o com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Legatti disse que o conhecia por ser contempor�neo de entrada na empresa, mas que nunca trabalhou teve contato com ele. “Nunca trabalhei com o diretor Paulo Roberto Costa como subordinado ou em um grupo em que ele tenha sido meu chefe nesse per�odo. Eu trabalhava na �rea de engenharia e ele na �rea de neg�cios”, afirmou Legatti que disse ainda nunca ter conhecido ou encontrado com o doleiro Alberto Youssef.

Youssef, Barusco e Costa s�o delatores do esquema de desvio de recursos da estatal perante a Justi�a Federal e admitiram, em diversos depoimentos, ter recebido propina de empresas contratadas pela Petrobras. Renato Duque � acusado por eles de fazer o mesmo, mas ele nega qualquer envolvimento.

Aos deputados, Legatti disse n�o ter conhecimento do processo de carteliza��o denunciado pela Lava Jato e que todos os projetos licitat�rios ocorreram de forma transparente. “N�s n�o contratamos nada fora da estimativa da Petrobras. O que se percebe � que, dentro dos procedimentos da Petrobras, n�s jamais desconfiamos desse tipo de carteliza��o”.


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