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Estado de Minas

A sociedade � que tem de decidir sobre impostos para a educa��o, diz ministro


postado em 09/04/2015 12:07 / atualizado em 09/04/2015 13:05

Bras�lia - Para o novo ministro da Educa��o, professor Renato Janine Ribeiro, o Brasil vive um momento de "grande cren�a" no potencial do ensino. Apesar disso, ele sabe que os desafios do setor s�o enormes e viabilizar suas metas, que incluem expandir o financiamento da educa��o, n�o ser� f�cil. "O aumento de verbas para a educa��o ser� uma batalha de conscientiza��o", diz ele. "Vamos passar um tempo mais dif�cil e algumas a��es precisar�o ser adiadas."

Prestes a completar uma semana no cargo, ele ainda se debru�a sobre detalhes do MEC. Na quarta-feira, 8, almo�ou com dois ex-titulares da pasta - o prefeito Fernando Haddad (PT) e o atual diretor do BNDES, Henrique Paim - e com Luiz Cl�udio Costa, que ficou interinamente no cargo neste ano e voltou para a chefia de gabinete.

Janine diz ter ficado "muito contente" com a repercuss�o favor�vel por sua nomea��o. "N�o esperava ser convidado e n�o esperava ter uma acolhida t�o boa. Agora tenho um pouco de bom senso e n�o deixo a vaidade tomar conta. Uma coisa significativa � que a rea��o expressa a cren�a muito grande na educa��o. H� muitos anos, a gente ouve o bord�o de que a solu��o dos problemas do Pa�s estaria na educa��o, mas at� hoje n�o se teve uma vis�o muito clara disso. Agora parece que a sociedade quer isso para valer. Essa satisfa��o com a nomea��o veio das potencialidades da educa��o e do que educadores podem fazer."

"H� pol�ticos que s�o excelentes gestores, de educa��o inclusive. Temos um m�dico que foi um bom ministro da Fazenda, o caso do (Ant�nio) Palocci, e um economista que foi um bom ministro da Sa�de, o (Jos�) Serra", diz o Janine ao avaliar nomea��es feitas.

Imposto para educa��o

Questionado se setores da sociedade est�o preparados para que o dinheiro saia de algum lugar e v� para educa��o, o ministro afirma que ser� "uma batalha longa de conscientiza��o". "Vamos ter de conscientizar as pessoas de que o dinheiro da educa��o � um dos melhores gastos existentes. H� no Pa�s um descontentamento grande com a carga tribut�ria. Isso est� engessando os gestores, tanto na Uni�o quanto nos Estados e nos munic�pios", diz.

Sobre a cria��o de um imposto, Janine cr� que � a "sociedade que tem de escolher o que quer". "Se ela quer bons professores, tem de escolher. Hoje tem a convic��o de muita gente de que o dinheiro p�blico � mal gerido. Ent�o o que podemos fazer � ter absoluta transpar�ncia, mostrando o �xito de a��es. A gente vai oferecer cada vez mais � essa rela��o custo-benef�cio. A sociedade tem de perceber quando o uso do dinheiro na educa��o � bom para perceber o que ela quer fazer do dinheiro. Mas a este minist�rio n�o cabe fazer essa proposta (de aumentar impostos)."

A educa��o b�sica

Para Janine, a educa��o de base � a prioridade porque "� o que vai durar mais tempo". "Quando voc� forma uma crian�a hoje, de 3 anos, ela vai chegar at� 2100, ent�o � algo muito importante. Mas eu insisto em um ponto: essas quest�es s�o �ticas, n�o s�o de puro interesse. Temos um dever com os cidad�os vulner�veis, fragilizados, que n�o tiveram a educa��o de qualidade que n�s tivemos e as vantagens competitivas de que desfrutamos. Temos um dever em rela��o a eles', afirma.

Professores

No momento, professores da rede estadual de S�o Paulo est�o em greve e docentes federais j� iniciam campanha salarial. Ser� poss�vel conversar sobre valoriza��o docente neste ano?

Janine defende o di�logo com professores em greve ou em campanha salarial no Pa�s. "Ser� poss�vel conversar sobre valoriza��o dcom os Ser� necess�rio conversar. Conversar sempre. A qualidade dos professores depende de muitas coisas, mas precisa ter valoriza��o salarial. Isso est� muito colocado na meta 17 do PNE. Porque o PNE � quase a Constitui��o da educa��o, � a Constitui��o do nosso futuro. A meta 17 diz que devemos ter at� 2020 os sal�rios dos professores da rede b�sica equiparados a pessoas da mesma escolaridade. � um salto de quase 40%, n�o � pequeno. Pedimos grandes esfor�os para os entes federativos. Mas � absolutamente necess�rio fazer isso. N�o se pode desvalorizar quem escolhe a doc�ncia. Tem de ter mais dinheiro e mais qualifica��o, valorizar o professor na sala de aula. E isso tem de ser medido e valorizado pelo seu desempenho educando seus alunos. Precisamos reconhecer o bom professor."


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