"A autonomia dele est� dada pelo fato de que ele integra o governo, � do cora��o do governo, n�o � uma pessoa estranha ao governo. Ele vive o dia a dia do governo", respondeu a presidente ao ser questionada, em r�pida entrevista, ontem, em Duque de Caxias (RJ).
Dilma disse que o vice "tem todas as condi��es" de desempenhar a nova fun��o. "Primeiro, ele tem a autoridade de ser vice-presidente. Segundo, tem experi�ncia da vida dele, inclusive como presidente da C�mara Federal. Ele tem imensa capacidade para o di�logo, para construir consenso, para construir toda rela��o que � necess�ria em uma coaliz�o da envergadura da nossa", disse a presidente depois de participar da solenidade de entrega das chaves de 500 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida.
Parceria
Em S�o Paulo, o vice-presidente disse que, com autoriza��o de Dilma, vai levantar cargos e demandas dos parlamentares como parte do trabalho de recompor a base aliada. "A presidenta me deu poderes para tanto. Evidentemente, sempre conversarei com ela, mas eu tenho autonomia para fazer todos levantamentos n�o s� nesse ponto", disse Temer, que minimizou a dimens�o da crise pol�tica. "N�o h� ingovernabilidade. Eu sou vice-presidente da Rep�blica, quando a presidente me pediu (para assumir a articula��o), ela disse ‘n�s somos parceiros, voc� vai me ajudar a governar’", completou o vice.
Na quinta-feira, 9, Temer se encontrou durante uma hora e meia com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O tema principal da conversa foi a reforma pol�tica mas o vice-presidente revelou que Lula aprovou sua ida para a articula��o pol�tica. "Delicadamente, ele disse que talvez eu me saia bem", afirmou.
A expectativa para a nova tarefa de Temer � "a melhor poss�vel" tamb�m para Dilma. "O vice-presidente, como qualquer pessoa que integra o governo, leva em considera��o o fato de que a nossa base � integrada por diversos partidos", afirmou a presidente.