S�o Paulo - Ao pedir perd�o judicial em um dos processos criminais a que responde por corrup��o e lavagem de dinheiro, o ex-diretor de Abastecimento da Patrobras Paulo Roberto Costa detalhou que a propina de 3% paga a dirigentes da estatal e a pol�ticos era embutida na margem de lucro de empreiteiras.
Costa esclarece pontos da den�ncia do Minist�rio P�blico Federal em que tamb�m s�o acusados o ex-diretor de Servi�os da estatal Renato Duque e o tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto. A Procuradoria sustenta que os r�us "frustraram o car�ter competitivo das licita��es obtendo vantagens consistentes em impor pre�os maiores que aqueles que seriam obtidos em um ambiente de livre concorr�ncia".
O ex-diretor explica que no caso de tr�s obras (Comperj, Renest e Repar) - alvos da den�ncia - "n�o se pode dizer que houve sobrepre�o". Segundo ele, "os valores dos contratos assinados pela Diretoria de Servi�os variavam entre 15% e mais 20%, as empresas repassavam em m�dia at� 3% (1% para o PP e 2% para o PT)".
Em sua dela��o premiada, Costa j� havia declarado que "tais empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepre�o de cerca de 3% em m�dia, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos pol�ticos".
Na peti��o agora levada � Justi�a, Costa diz que "reafirma e ratifica cada um de todos os pontos de sua dela��o premiada". Ele anotou que nas obras dos gasodutos Pilar-Ipojuca e Urucu-Coari13 n�o houve nenhuma participa��o da Diretoria de Abastecimento, durante sua gest�o, "mas sim com Gra�a Foster, na Diretoria de G�s e Energia, e do sr. (Renato) Duque, na Diretoria de Servi�os".
Os investigadores da Lava Jato consideram que a peti��o n�o significa retifica��o da dela��o. "N�o � retifica��o, mas esclarecimentos complementares", declarou o advogado Mestieri. "A dela��o do dr. Costa foi a mais completa, fidedigna e eficaz que se possa imaginar."