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Estado de Minas

Ex-diretor da Petrobras muda dela��o e nega superfaturamento em obras da estatal

Paulo Roberto Costa d� nova vers�o e diz que a propina era descontada do lucro das empresas


postado em 10/04/2015 06:00 / atualizado em 10/04/2015 07:13

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – um dos delatores do esc�ndalo de corrup��o na estatal – apresentou ontem � Justi�a uma peti��o em que altera o depoimento prestado em 2 de setembro: desta vez, ela nega o superfaturamento nas obras investigadas. De acordo com o documento, os pre�os praticados seguiam os par�metros da empresa e o percentual das obras que era desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, “era retirado da margem (de lucro) das empresas”. A informa��es s�o do jornal Folha de S. Paulo.

H� sete meses, Paulo Roberto Costa havia dito que as empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepre�o de cerca de 3%, em m�dia, para repassar a partidos pol�ticos, especialmente  PT, PMDB e PP. A dela��o premiada foi homologada no Supremo Tribunal Federal (STF) em 29 de setembro e, caso a Justi�a constate que houve rompimento do acordo – de falar apenas a verdade –, ele poder� perder benef�cios. Acusado de comandar o esquema de propinas na Diretoria de Abastecimento, Costa foi preso por duas vezes durante a Opera��o Lava-Jato. Gra�as ao acordo de dela��o premiada, ele obteve o benef�cio da pris�o domiciliar.

O advogado de Costa, Jo�o Mestieri, nega que o cliente tenha mudado a vers�o sobre o pre�o das obras. “N�o � uma mudan�a de dela��o. Ele nem poderia fazer isso. S� que isso n�o foi bem explicado na dela��o. A comiss�o era retirada do pr�prio pre�o da obra”, argumentou. No documento apresentado ontem, a defesa do ex-diretor da Petrobras cita um exemplo hipot�tico de como funcionaria o esquema: “Se uma empresa oferecia uma proposta de 15% acima do or�amento b�sico e repassava os 3%, ela ficava com lucro de 12%, no caso de n�o repasse, ficaria com um lucro de 15%”.

Costa afirmou ainda que a ex-presidente da estatal, Gra�a Foster, atuou em duas obras em que houve participa��o do cartel. S�o elas os gasodutos de Pilar- Ipojuca, em Pernambuco, e de Urucu-Coari, no Amazonas. Costa disse tamb�m que os or�amentos da Petrobras, que devem ser sigilosos, n�o eram repassados �s empreiteiras, ao contr�rio do que apontam os procuradores da Lava-Jato. As licita��es seguiriam a legisla��o. O dinheiro apreendido na casa dele – US$ 181,5 mil e 10.855 euros –, segundo o ex-diretor, seria legal, e n�o obtido com suborno, embora n�o tenha sido declarado � Receita Federal.

O acordo de dela��o firmado com o doleiro Alberto Yousseff, tamb�m pode ser invalidado. Isso porque, em pacto anterior, de 2003, acertado com o juiz federal S�rgio Moro, ele teria mentido e omitido o nome de seu principal cliente, o ex-deputado federal Jos� Janene (PP-PR), r�u do mensal�o, morto h� cinco anos em decorr�ncia de problemas card�acos.

Com ag�ncias


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