Pega de surpresa, a c�pula do PT ainda busca, no in�cio da tarde desta quarta-feira, detalhes e explica��es sobre a pris�o do tesoureiro do partido, Jo�o Vaccari Neto, antes decidir qual estrat�gia ser� tomada para responder � pris�o. At� o final da manh�, a dire��o petista estava perdida em busca de informa��es sobre os motivos da pris�o. "Primeiro temos que saber qual o embasamento jur�dico, quais os argumentos do juiz (Sergio Moro) e da Pol�cia Federal antes de elaborarmos uma resposta", disse um dirigente.
O presidente do partido, Rui Falc�o, saiu de Bras�lia �s pressas rumo a S�o Paulo para se reunir com os demais dirigentes e escolher o rumo que ser� tomado. Internamente, integrantes da dire��o petista lamentam o fato de Vaccari n�o ter sido afastado na semana passada, depois que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva retirou a obje��o � sa�da do tesoureiro. Lula ser� consultado sobre a estrat�gia de resposta. Uma nota deve ser publicada at� o final da tarde.
Pesava a favor do tesoureiro o desempenho no depoimento � CPI da Petrobr�s, na semana passada, considerado "muito bom" pela alta dire��o petista. Al�m disso, o partido n�o encontra um nome disposto a substitu�-lo.
A pris�o de Vaccari prejudica a estrat�gia de rea��o do partido �s den�ncias de corrup��o, cujo ponto de partida seriam as reuni�es da executiva e do diret�rio nacional nesta quinta e sexta, 17, em S�o Paulo, e a realiza��o do primeiro debate preparat�rio para a segunda etapa do 5º Congresso Nacional do PT, marcado para junho, em Salvador.
Um dos pontos de partida seria a decis�o de n�o aceitar mais doa��es de empresas privadas, defendida por correntes minorit�rias como Mensagem e Movimento PT, al�m de setores da majorit�ria Construindo um Novo Brasil.