
O senador e presidente nacional do PSDB, A�cio Neves (MG), afirmou nesta quinta-feira, 16, que tem tido "muita cautela quando se fala de impeachment" da presidente Dilma Rousseff. Mas indicou que a confirma��o pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) de que houve irregularidades com a pr�tica das "pedaladas fiscais" - que podem configurar crime de responsabilidade - por parte do governo federal pode levar o PSDB a endossar o pedido de afastamento.
"Eu tenho tido muita cautela quando se fala de impeachment. Essa n�o � uma palavra proibida, impeachment � uma palavra constitucional, mas para que ela ocorra � preciso que haja algo factual, � preciso que haja caracteriza��o de crime de responsabilidade", disse A�cio, depois de participar de audi�ncia p�blica sobre reforma pol�tica na C�mara.
O senador ressaltou, contudo, que o TCU limitou as irregularidades � equipe econ�mica comanda pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, por utilizar bancos p�blicos para melhorar as contas da Uni�o. Segundo A�cio, � preciso apurar se houve responsabilidade acima de Mantega. "Os bancos p�blicos n�o podem emprestar para o Tesouro. E foi isso que, de forma maquiada, a �ltima equipe econ�mica fez. Fez em benef�cio de quem?", questionou.
A�cio afirmou que o PSDB vai "estudar se � poss�vel limitar esse crime apenas �queles que cumpriram orienta��o de quem teria sido o benefici�rio maior daquela decis�o". Somente ap�s uma avalia��o detalhada � que o partido pode decidir se apoia ou n�o um pedido de impeachment de Dilma. "Se caracterizado, na nossa avalia��o, por juristas respeitados no Brasil, que tenha havido crime de responsabilidade, a nossa obriga��o � realmente apresentar algo para coibir esse crime e punir os respons�veis", disse.
O senador tucano defendeu "responsabilidade" e "prud�ncia" para evitar equ�voco por parte do PSDB. "Vamos ter a responsabilidade e a prud�ncia para tomar qualquer decis�o. Mas vamos ter a coragem de que, se considerarmos que houve o cometimento de crime de responsabilidade, n�s vamos agir como determina a Constitui��o", afirmou.