S�o Paulo - A deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Ros�rio (PT-RS) chamou de fascista a declara��o do l�der do PSDB na C�mara, Carlos Sampaio (SP), de que o PT deveria ser extinto. "� uma vis�o fascista e que n�o podemos aceitar. N�s podemos ser julgados pelos erros, sim, de pessoas do PT. Mas n�o podemos aceitar que todos n�s que somos petistas sejamos extintos. Temos direito � participa��o pol�tica e esse partido se constituiu com esse direito pela liberdade", disse a jornalistas ao chegar para reuni�o do diret�rio nacional na sede do partido, em S�o Paulo.
Maria do Ros�rio repetiu a argumenta��o do PT de que o partido vem sendo criminalizado, em meio �s den�ncias de corrup��o na Petrobras. "Vejam bem que, em 1948, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi jogado na ilegalidade. Em muitos momentos da hist�ria partidos foram jogados na ilegalidade em nome do interesse de classes dominantes", argumentou a ex-ministra.
Ao chegar � reuni�o, que tem entre as pautas principais a defini��o do sucessor de Vaccari, Ros�rio se disse esperan�osa e inspirada para ajudar a elaborar respostas do PT � sociedade brasileira - lembrando que milhares s�o militantes do PT pelo Pa�s e que milh�es ainda confiam na legenda. A ex-ministra admitiu que o momento por que passa a sigla � grave e disse que � necess�rio n�o apenas dar resposta � quest�o pontual de Vaccari, mas a todo um conjunto de quest�es.
"Talvez o que o PT mais precise n�o seja um cavalo-de-pau em dire��o a outro rumo, mas seja justamente voltar � sua origem e verificar nossas metas, aquilo que n�s cumprimos. Somos um partido que fizemos muitas coisas boas para o Brasil", afirmou. A petista refor�ou que o PT � o partido com origem em movimentos sociais e sindicais e que precisa voltar a cultivar esse la�o com as ruas.
Sobre Vaccari, Ros�rio disse genericamente que o partido n�o deve "ficar atacando seus dirigentes" e comentou brevemente a pris�o da �ltima quarta-feira. Ela ressaltou n�o ser advogada e n�o ter o entendimento t�cnico para definir se a pris�o foi injusta, mas afirmou ter estranhado a pris�o preventiva de uma pessoa que estava cooperando com as investiga��es.