
Bras�lia, 18 - Documentos obtidos pela revista �poca indicam que o ex-ministro-chefe da Casa Civil Antonio Palocci recebeu R$ 12 milh�es de empresas em 2010, quando coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Entre as empresas das quais o petista recebeu pagamentos, mas n�o conseguiu comprovar o servi�o de consultoria, segundo a �poca, est�o o Grupo P�o de A��car, atrav�s do escrit�rio do criminalista M�rcio Thomaz Bastos, a empresa do setor frigor�fico JBS e a concession�ria Caoa.
O ex-ministro � investigado pela Justi�a Federal do Paran� por suspeita de repasse de dinheiro do esquema da Petrobras para a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. A for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal (MPF) deve requerer os documentos para anexar ao inqu�rito da Opera��o Lava Jato.
A origem do dinheiro, segundo a reportagem, � o Grupo P�o de A��car, que negociava fus�o com as Casas Bahia. N�o foi identificado nenhum comprovante da presta��o dos servi�os da Projeto, consultoria de Palocci. Os repasses, segundo a revista, foram feitos entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010. A suspeita do MPF se deve ao fato de, al�m de n�o haver contrato por escrito, o P�o de A��car dizer que n�o houve nenhuma reuni�o com o ex-ministro da Casa Civil. Ele deixou o cargo depois de n�o conseguir explicar como multiplicou seu patrim�nio por 20 em quatro anos.
A reportagem da revista revela que h� uma investiga��o sigilosa do Minist�rio P�blico em torno de 30 empresas que pagaram a Palocci. O per�odo em que coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010, teria sido o que mais prosperou financeiramente.
Na lista dos pagamentos suspeitos est�o os valores repassados pela JBS, que buscava um s�cio no mercado de frango nos Estados Unidos. Logo ap�s a "consultoria", a JBS recebeu financiamento do BNDES. A JBS doou � campanha de Dilma R$ 13 milh�es em 2010 e R$ 70 milh�es em 2014. Segundo documentos obtidos pela revista, Palocci recebeu da JBS R$ 2 milh�es entre 2009 e 2010. De acordo com a Procuradoria, Palocci diz ter ajudado a JBS na busca pelo s�cio norte-americano. A empresa, no entanto, diz que n�o o contratou.
J� a concession�ria Caoa procurava um parceiro no mercado chin�s e logo ap�s os "servi�os" de Palocci o Congresso teria aprovado um benef�cio fiscal que ajudou a empresa. O petista tamb�m n�o conseguiu comprovar os servi�os prestados a essa empresa. De acordo com a revista, Palocci recebeu R$ 4,5 milh�es da empresa entre julho e dezembro de 2010. A Caoa tamb�m negou a consultoria.
Veja a nota em resposta �s den�ncias
"Afirmamos, categ�rica e peremptoriamente, que as atividades e recursos da Projeto n�o t�m nem nunca tiveram qualquer rela��o com a referida campanha eleitoral ou com qualquer outra (...). Repudiamos, assim, com indigna��o, qualquer insinua��o ou ila��o gratuita nesse sentido", disse a consultoria de Palocci em nota � publica��o.