Pernambuco perdeu uma importante refer�ncia pol�tica em concilia��o, articula��o no meio parlamentar e tr�nsito junto ao empresariado. O ex-deputado federal do PT Pedro Eug�nio, 66 anos, morreu nesta segunda-feira, no Hospital de Benefic�ncia Portuguesa, em S�o Paulo. Ele estava hospitalizado h� quase tr�s meses, por complica��es decorrentes de uma cirurgia coronariana. H� uma semana o ex-parlamentar se encontrava na UTI em estado grave e seu quatro de sa�de piorou nas �ltimas 48 horas. O traslado do corpo para o Recife deve acontecer hoje. O vel�rio ser� na Assembleia Legislativa, mas at� o fechamento desta edi��o n�o tinham sido definidos o local nem o dia do sepultamento. Ele deixa a mulher, Carminha, e as filhas Marina e Renata.
Pedro Eug�nio come�ou suas atividades pol�ticas na d�cada de 1970, quando, simpatizante dos integrantes do PMDB hist�rico, combateu o regime militar. Foi preso e torturado. Depois da Anistia, em 1979, incorporou-se � equipe do ex-governador Miguel Arraes, de quem, oito anos depois, foi secret�rio de Agricultura. � frente da pasta, coordenou todos os programas sociais de Arraes, como o Chap�u de Palha, o Vaca na Corda e o Promata. Pedro Eug�nio ainda ocupou a Secretaria de Planejamento no segundo governo Arraes (1987-1990). Na terceira gest�o do ex-governador foi secret�rio da Fazenda.
Seguindo os passos do l�der socialista, deixou o PMDB nos anos 1990 e se filiou ao PSB, onde militou durante grande parte da sua vida p�blica. Depois de ser isolado pelos neo-socialistas, filiou-se ao PT. Pedro exerceu um mandato de deputado estadual e tr�s como federal. Em 2012, concorreu � Prefeitura de Ipojuca, mas terminou em quarto lugar, com 2.981 votos. No ano passado, disputou o quarto mandato na C�mara, mas n�o conseguiu se reeleger.
Entre os pap�is de destaque exercidos no Congresso Nacional, est�o as presid�ncias da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa (2012) e da Comiss�o Especial da PEC do Or�amento Impositivo (2013), a relatoria do Procultura, al�m da segunda vice-presid�ncia da Comiss�o de Finan�as e Tributa��o da C�mara dos Deputados (2014).
Repercuss�o
Embora soubessem do estado de sa�de do ex-deputado, correligion�rios se surpreenderam com a morte do petista. “Ach�vamos que ele, por ser uma pessoa forte, n�o viesse a �bito. � uma grande perda”, disse o ex-deputado federal Fernando Ferro. Para o ex-prefeito do Recife Jo�o Paulo, o partido fica sem um quadro com caracter�stica conciliadora, de convic��o ideol�gica clara, conhecimento de economia e capacidade de articula��o.