Bras�lia, 27 - Em meio a focos de resist�ncia � indica��o do desembargador Luiz Edson Fachin a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, saiu em defesa do jurista nesta segunda-feira, 27, e disse que o governo tem "dialogado" com senadores sobre a escolha. Fachin deve passar por sabatina no Senado no dia 6 e s� depois poder� ser nomeado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a 11� cadeira do Tribunal.
"N�s temos dialogado com v�rios senadores para prestar os esclarecimentos e as informa��es necess�rias e para transmitir a percep��o de que v�rios juristas e ministros do Supremo aplaudem a indica��o de Fachin. Isso est� sendo transmitido aos senadores, que evidentemente decidir�o com autonomia a partir das informa��es que estar�o colocadas � disposi��o", afirmou o ministro.
Escolhido pelo Planalto para a vaga, com apoio do presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, Fachin tem a aprova��o de juristas e parte dos senadores, mas � tido como um nome ligado a movimentos sociais e ao PT - o que gera rea��es da bancada ruralista e de parte do PMDB que quer um nome dissociado ao partido da presidente da Rep�blica.
Cardozo frisou nesta segunda-feira que Fachin tem "conduta ilibada e irretoc�vel". "N�o tem nenhum fato que pudesse dizer que ele tenha praticado conduta indevida. Temos tido v�rios apoios de juristas de diferentes concep��es jur�dicas e pol�ticas. (...) Por seu curr�culo, hist�rico, seriedade e reconhecimento de todos da �rea jur�dica, n�o tenho a menor d�vida de que foi excelente indica��o", afirmou o ministro.
Ele disse n�o acreditar que o "clima pol�tico" influencie na decis�o do Senado, destacando que os parlamentares sempre foram "bastante criteriosos" nas indica��es. "O Senado nunca colocou quest�es do mundo da pol�tica como forma de desqualificar ou n�o permitir a nomea��o de uma pessoa que tem envergadura para o cargo", afirmou Cardozo.