S�o Paulo - A presidente Dilma Rousseff voltou a defender o ajuste fiscal que o governo tenta implementar e disse que ele � necess�rio para o Pa�s voltar a crescer. Em reuni�o com l�deres sindicais em Bras�lia, a presidente disse ainda que o ajuste � necess�rio para controlar e reduzir a infla��o. "Queremos fazer esse ajuste pra voltar a crescer em bases s�lidas", disse. "S�o medidas essenciais para a estabilidade econ�mica."
A presidente afirmou que nesse contexto de crise a op��o do governo foi por medidas antic�clicas, como subs�dio ao cr�dito e redu��o de impostos para estimular a produ��o. "Ampliamos pol�ticas sociais e, por isso, n�o desempregamos, n�o reduzimos sal�rios", afirmou. "Agora tivemos alguns problemas e tivemos de fazer reajustes", refor�ou.
Apesar de ter reduzido o tamanho das medidas antic�clicas, Dilma afirmou que o governo manteve as pol�ticas sociais e ainda h� no mercado taxas de juros "extremamente competitivas". "Fizemos a revis�o do IOF (Imposto sobre Opera��es Financeiras), fizemos a proposta da revis�o da desonera��o da folha, foi um conjunto de medidas, mas � importante afirmar que mantivemos os direitos trabalhistas", ressaltou.
Dilma fez um resumo de suas a��es nos �ltimos anos, destacou a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo e disse que apesar de o tema ter sido "bastante criticado em alguns debates na campanha" eleitoral do ano passado, nos �ltimos quatro anos, o aumento do sal�rio m�nimo foi de 14,88% acima de infla��o. "Entre os milhares de direitos conquistados ao longo da nossa hist�ria, poucos s�o t�o importantes como o sal�rio m�nimo para um pa�s diminuir a desigualdade", afirmou. A presidente lembrou que em mar�o enviou ao Congresso a pol�tica de valoriza��o do m�nimo para per�odo 2015-2019. "Acho fundamental que possamos garantir por lei, at� 2019, o aumento do poder de compra do sal�rio", afirmou, ressaltando que acredita que o Congresso vai aprovar "essa conquista".
A presidente citou tamb�m a pol�tica de corre��o da tabela do Imposto de Renda e a manuten��o de al�quota zero para a cesta b�sica como outras conquistas dos trabalhadores e disse que agora o governo enviou ao Congresso proposta de "algumas corre��es na pol�tica de seguridade social", sem citar nominalmente as Medidas provis�ria 664 e 665, que as centrais sindicais s�o contr�rias por afirmarem que elas representam perdas de direitos. "(As medidas s�o) Para evitar distor��es e excessos, n�o pra tirar direitos", afirmou.