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Estado de Minas

Bandeira contra terceiriza��o vira aposta para resgatar popularidade

"Acredito que acaba catalisando, unificando todos, Lula, o governo e o PT, dando um discurso melhor e colocando de volta a turma na rua", ressaltou o l�der do governo no Senado, Delcidio Amaral


postado em 04/05/2015 08:19 / atualizado em 04/05/2015 08:23

Bras�lia - Depois de delegar a condu��o da economia ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da pol�tica ao vice-presidente Michel Temer, o Pal�cio do Planalto decidiu adotar como agenda pr�pria do seu governo a mudan�a do projeto da terceiriza��o. Conta com ela como uma forma de se reaproximar das bases eleitorais, sindicais e partid�rias.

Na avalia��o de lideran�as do governo no Congresso e do PT, apoiar altera��es no projeto durante a tramita��o no Senado pode ajudar a presidente Dilma Rousseff a atrair o eleitor desiludido com os rumos da atual gest�o e cr�tico ao ajuste fiscal proposto pelo Executivo. Parte do pacote, previsto para ser votado nesta semana, atinge benef�cios trabalhistas e previdenci�rios.

“Para o governo, sem d�vida, � um tema muito importante. A discuss�o de certa forma resgata a rela��o com os movimentos sociais e � uma bandeira que passa pelo PT e pelo governo. Acredito que acaba catalisando, unificando todos, Lula, o governo e o PT, dando um discurso melhor e colocando de volta a turma na rua”, ressaltou o l�der do governo no Senado, Delcidio Amaral (PT-MS).

Uma nova manifesta��o contra o projeto patrocinada pelo PT e encampada pela CUT poder� ocorrer em Bras�lia e em v�rios Estados no final deste m�s. Ao levantar a bandeira, o governo e o PT tamb�m buscam se diferenciar da agenda considerada conservadora encampada at� aqui pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais defensores de que n�o haja restri��es ao projeto de terceiriza��o.

A expectativa de lideran�as do PT � de que o tema da terceiriza��o tamb�m permane�a em discuss�o na m�dia, possibilitando ao partido se associar a setores contr�rios � terceiriza��o. “Vamos fazer todo o esfor�o para ter uma discuss�o exaustiva porque tem uma repercuss�o muito grande sobre os trabalhadores. Sem d�vida, � um tema que nos favorece. Vamos construir na sociedade uma posi��o contr�ria ao projeto”, ressaltou o l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE). “Quanto mais se debater com repercuss�es na imprensa, temos a probabilidade de ter uma press�o maior quando o projeto voltar para a C�mara, onde teve uma vota��o apertada.”

Pela tramita��o no Senado, a mat�ria dever� passar pelas comiss�es de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Assuntos Econ�micos (CAE), Direitos Humanos (CDH) e Assuntos Sociais (CAS). A atua��o do governo se dar� fortemente nesses colegiados. CAE e CDH, por exemplo, s�o presididas, respectivamente, pelos petistas Delc�dio Amaral e Paulo Paim. As outras duas por peemedebistas pr�ximos ao Planalto, como Jos� Maranh�o na CCJ e o ex-ministro Edison Lob�o na CAS.

Interlocutores da presidente Dilma avaliam ainda que n�o se pode deixar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), assuma sozinho a rea��o ao projeto de Cunha e se coloque como defensor de um setor que historicamente esteve ao lado do PT.

Autoria. Nesse sentido, a legenda leva ao ar amanh�, em rede nacional de r�dio e TV, o programa partid�rio com a mensagem de que � o respons�vel por avan�os sociais e trabalhistas, como a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo. “O programa deve passar pela defesa do PT e do nosso hist�rico”, afirmou o vice-presidente do PT e l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (CE).

Movimentos contundentes pela nova bandeira contra a terceiriza��o foram dados pelas principais lideran�as do governo e do partido no Dia do Trabalho.

Dilma tamb�m entrou em cena na data e deu seu recado em v�deos divulgados nas redes socais. A presidente j� deixou claro que � contra a terceiriza��o ampla e que vai vetar o projeto se ele passar no Senado sem mudan�as em rela��o ao texto aprovado na C�mara.


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