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Estado de Minas

Executivos de empreiteira confirmam � Justi�a R$ 110 mi em propina

Ouvidos pelas primeira vez pelo juiz federal S�rgio Moro, os empreiteiros confirmaram formalmente o esquema de cartel, corrup��o e propina na Petrobras


postado em 04/05/2015 20:01 / atualizado em 04/05/2015 20:25

O ex-presidente da Camargo Corr�a, Dalton Santos Avancini, e o ex-vice-presidente, Eduardo Hermelino Leite, r�us da Opera��o Lava-Jato, confirmaram nesta segunda-feira, � Justi�a Federal que a empreiteira pagava propina nas diretorias de Servi�os e de Abastecimento da Petrobras. Ouvidos pela primeira vez pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava-Jato, eles confirmaram o pagamento de R$ 110 milh�es ao longo de seis anos nas duas �reas. Leite revelou que, na assinatura dos contratos, a empreiteira tinha que "sinalizar com aceita��o" de acertos.

"Para a Diretoria de Servi�os R$ 63 milh�es e para a Diretoria de Abastecimento R$ 47 milh�es", afirmou Leite, vice-presidente afastado da Camargo Corr�a Constru��es e Participa��es.

"Essa informa��o da �rea comercial, o n�mero que se fala � entorno de R$ 110 milh�es, que foram pagos pela Camargo de propina", informou Avancini ao juiz S�rgio Moro.

Perguntado pelo juiz S�rgio Moro - que conduz os processos da Lava Jato em primeira inst�ncia - quais motivos levavam a Camargo Corr�a a pagar a propina, Leite disse que havia um pacto assumido e que a empreiteira poderia ser prejudicada nos recebimentos.

"Primeiro porque isso havia sido pactuado", explicou Leite - que foi preso no dia 14 de novembro de 2014 e desde mar�o cumpre pris�o preventiva em regime domiciliar, ap�s fazer acordo de dela��o premiada.

"Do ponto de vista da vantagem, eu diria que se n�o pagasse voc� teria muita dificuldade na gest�o contratual com a Petrobras. Ent�o era uma condi��o para voc� celebrar o contrato", explicou o executivo.

Leite � acusado de ser o principal contato do esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef - pe�a central da Lava Jato - e a Camargo Corr�a. R�u do processo envolvendo outros dois executivos da empreiteira, ele detalhou ao juiz como era feito os pagamentos.

Segundo ele, por conta dos projetos mal feitos havia necessidade de negocia��es de pagamentos imprevistos, que dependiam de aprova��o da Petrobras.

"Voc� n�o paga na celebra��o, voc� paga depois durante a obra. Mas voc� tinha que sinalizar a aceita��o e depois, como os contratos e as obras tinham projetos muito ruins, foram contratadas com projetos b�sicos muitos ruins, a varia��o de pre�o no andamento da obra levava distor��es significativas. E voc� tinha que discutir com os clientes essas distor��es. Tinha algumas quest�es de aceita��o do cliente sobre a interpreta��o de uma distor��o", exemplificou.

Segundo Leite, uma greve prolongada no decorrer das obras era um tipo de custo imprevisto que necessitava de negocia��o entre a empreiteira e a Petrobr�s para que fosse liberados pagamentos que cobrissem esse preju�zo.

Confirma��o

Ouvidos pelas primeira vez pelo juiz federal S�rgio Moro, Leite e Avancini confirmaram formalmente o esquema de cartel, corrup��o e propina na Petrobras. Segundo os processos da Lava Jato, PT, PMDB e PP dividiam as indica��es pol�ticas nas diretorias da estatal, para arrecadar de 1% a 5% de propina nos contratos com empresas do cartel.

Leite e Avancini fizeram acordo de dela��o premiada com os investigadores da Lava Jato, em mar�o. Foram ouvidos e receberam o direito a cumprir pris�o preventiva em regime domiciliar, por conta do acordo.

Nas dela��es, Leite j� havia apontado o recebimento dos R$ 110 milh�es em propinas pelos ex-diretores de Renato Duque (Servi�os) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento). Leite voltou � afirmar nesta segunda-feira, diante do juiz S�rgio Moro, que os dois ex-diretores da Petrobras - j� denunciados criminalmente - eram indica��es do PT e do PP, no esquema de corrup��o na estatal.


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