Bras�lia - As cr�ticas do ex-presidente Lula ao projeto da terceiriza��o aprovado pela C�mara dos Deputados, feitas por ele no programa de televis�o do PT, irritaram o PMDB. O l�der peemedebista na Casa, deputado Leonardo Picciani, disse que a legenda decidiu retirar o apoio integral � Medida Provis�ria 665, que altera as regras de concess�o do seguro-desemprego e do abono salarial.
O peemedebista chamou o ajuste fiscal de "sacrif�cio" que o partido apoiaria para ajudar o governo. Ao longo do dia, a costura do apoio do PMDB exigiu que o bancada do PT superasse diverg�ncias para votar favor�vel � MP 665. Contudo, o PMDB j� estava irritado com o fato de o PT n�o ter fechado quest�o para votar em bloco, o que significa que quem votasse contra n�o seria punido.
"N�s precisamos entender o que quer o governo e o quer o partido da presidente da Rep�blica. Se quer na tela da televis�o aparecer de uma forma e aqui, nas palavras do ministro Levy e da pr�pria presidente, nos solicitar outra (postura). Ou se de fato o Pa�s atravessa um momento dif�cil e, para super�-lo e voltar a se desenvolver, � preciso um rem�dio amargo", disse.
Picciani cobrou do PT um alinhamento com o Pal�cio do Planalto na defesa do ajuste. "N�o votaremos a MP 665 amanh�, n�o mais, at� que o Partido dos Trabalhadores nos explique o quer e, se for o caso, que feche quest�o para vota��o das mat�rias do ajuste fiscal", disse. "Se n�o for assim, n�o conte conosco. Se h� duvidas e se o Pa�s n�o precisa desse rem�dio amargo, n�s n�o vamos empurrar essa conta para o trabalhador. Vamos defender e garantir as conquistas dos trabalhadores", disse.
O l�der do governo na C�mara, Jos� Guimar�es (PT-CE), pediu calma para superar as diverg�ncias. Ele tentou minimizar a fala de Lula a dizer que n�o se pode impedir que o PT fale ou deixe de falar sobre qualquer assunto nos programas de televis�o e que as cr�ticas do ex-presidente fazem "parte do jogo" pol�tico. "� fundamental que daqui para amanh� continuemos trabalhando", disse.