
Na reta final para a sabatina � vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o jurista Luiz Edson Fachin intensificou o p�riplo a gabinetes de senadores para tentar garantir a aprova��o da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) na pr�xima quarta-feira. A exemplo da semana passada, a oposi��o pretende endurecer os questionamentos sobre pontos considerados conflituosos no curr�culo do jurista.
Para se explicar, Fachin j� se antecipa e, com um portf�lio nas m�os, acompanhado da mulher, a desembargadora do Tribunal de Justi�a do Paran�, Rosana, e de assessores, tenta desconstruir a imagem de esquerdista levantada por parlamentares na �ltima sess�o na comiss�o. Apresentado, na maioria das visitas, pelo senador Roberto Requi�o (PMDB-PR), o jurista j� percorreu pelo menos 50 dos 81 gabinetes da Casa.
Nas visitas, Fachin esclarece a den�ncia de que advogou enquanto exercia a atividade de procurador, e tamb�m explica o fato de ter pedido votos para a presidente Dilma Rousseff em 2010. Outros pontos controversos s�o a proximidade com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e as liga��es hist�ricas com a Central �nica dos Trabalhadores (CUT). Fachin, no entanto, nega rela��es tanto com o MST quanto com a CUT.
No in�cio da romaria, que come�ou logo ap�s ser indicado � vaga pela presidente Dilma Rousseff, h� tr�s semanas, o advogado deu prefer�ncia ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois, visitou integrantes da CCJ e l�deres, e pretende concluir a caminhada aos 81 gabinetes antes da semana que vem. Na agenda, tenta encaixar pelo menos quatro senadores por dia, em visitas intercaladas a cada 30 minutos.
Em alguns gabinetes de peemedebistas, o jurista passou duas vezes. Na semana passada, ganhou o apoio de parte dos que antes se mostravam contr�rios � indica��o, gra�as a articula��es pol�ticas no Paran�. A lideran�a do PMDB vai deixar os senadores livres para sabatinar Fachin, sem orienta��o de bancada.