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Estado de Minas

Discurso de Lula na TV irrita PMDB e pode abalar vota��o do ajuste fiscal

Posicionamento do ex-presidente � motivo de reuni�o entre Temer, Levy e l�deres para conter amea�a do dos aliados peemedebistas n�o apoiarem o arrocho


postado em 06/05/2015 11:31 / atualizado em 06/05/2015 14:32

A vota��o da MP 665, que altera regras de acesso ao seguro-desemprego e do abono salarial, estava prevista para ser votada nessa ter�a-feira em plen�rio, mas a an�lise da proposta foi adiada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para hoje a partir do meio-dia. A bancada do PMDB - partido presidido por Temer - irritou-se com o fato de que o PT n�o havia, ap�s duas reuni�es que contaram com a presen�a de quatro ministros do governo, fechado quest�o em favor das medidas do ajuste fiscal. Isso significa que os petistas que votassem contra o ajuste n�o seriam punidos. Outro fato que deixou os peemedebistas irritados foi a cr�tica feita pelo ex-presidente Lula no programa partid�rio do PT contra o projeto que amplia a terceiriza��o no Pa�s. Cunha e a bancada do PMDB foram decisivos para a aprova��o da medida.

O recado da insatisfa��o do PMDB foi dado pelo l�der do partido na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), no final da noite dessa ter�a-feira, logo ap�s a C�mara ter imposto uma derrota � presidente Dilma Rousseff. A Casa aprovou, numa articula��o surpresa de partidos da base com a oposi��o, a Proposta de Emenda � Constitui��o que eleva de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria compuls�ria de ministros de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Na pr�tica, a medida retira a certeza de que Dilma indicaria pelo menos cinco ministros do Supremo Tribunal Federal at� o fim do mandato dela, em 2018.

Picciani disse que a MP 665 n�o ser� mais analisada. "N�o votaremos a MP 665 amanh� (hoje), n�o mais. At� que o Partido dos Trabalhadores nos explique o que quer e, se for o caso, que feche quest�o para vota��o das mat�rias do ajuste fiscal. Se n�o for assim, n�o conte conosco. Se h� d�vidas e, se o Pa�s n�o precisa desse rem�dio amargo, n�s n�o vamos empurrar essa conta para o trabalhador, vamos defender e garantir as conquistas dos trabalhadores", afirmou.

Em fun��o do impasse, o vice-presidente e articulador pol�tico do governo, Michel Temer, re�ne-se na manh� desta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e os l�deres de partidos aliados na C�mara para tentar conter a amea�a liderada pelo PMDB de n�o apoiar as medidas provis�rias que fazem parte do ajuste fiscal. O encontro organizado por Temer ocorre no Pal�cio do Jaburu, sua resid�ncia oficial.

Preocupa��o

Causou preocupa��o no governo na noite dessa ter�a-feira a ira provocada pela fala de Lula em parlamentares da base aliada, particularmente no l�der do PMDB na C�mara. O Pal�cio do Planalto tem pressa e o atraso na vota��o das medidas do ajuste, que o governo esperava ver encerradas hoje, agora est�o amea�adas.

Embora o ex-presidente Lula falasse principalmente sobre a terceiriza��o, o PMDB n�o quer pagar a conta do ajuste fiscal sozinho, enquanto o PT aparece como bonzinho, defensor dos trabalhadores. O temor � que esse discurso, segundo um interlocutor do Planalto, al�m de tirar o apoio do PMDB, possa contaminar os demais partidos da base aliada, que poder�o recuar no apoio �s MPs do ajuste ou votar contra elas.

Sem o PMDB, n�o h� como aprovar a proposta. A avalia��o � que Lula poderia ter ido � TV, mas n�o jogar lenha na fogueira, atrapalhando a j� dif�cil aprova��o do ajuste fiscal. Al�m disso, o entendimento � que ele errou no tom de sua fala. J� nessa noite, as conversas foram reiniciadas e Michel Temer ter� mais trabalho para conseguir manter a base unida pelo ajuste, al�m de convencer o pr�prio PMDB a votar a MP 665, e a 664, outra do ajuste fiscal.


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