Bras�lia - O presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Guimar�es Carneiro, disse nesta quarta-feira, 07, � CPI da Petrobras que a companhia foi "v�tima" da corrup��o e n�o teve envolvimento direto com o caso apurado na Opera��o Lava Jato. "Na minha opini�o, a Sete Brasil n�o teve envolvimento nessa corrup��o. Pessoas da Sete Brasil que ocupavam posi��es de diretoria se envolveram, mas n�o a Sete Brasil (...). Entendo que a Sete Brasil � v�tima de todo esse processo. Ela n�o participou desse processo", enfatizou.
Carneiro anunciou que a Sete Brasil deve voltar a operar plenamente a partir do plano de reestrutura��o financeira, o que deve acontecer no segundo semestre. "A situa��o da Sete (hoje) � que ela n�o tem condi��es de pagar os estaleiros at� a reestrutura��o financeira", declarou.
O executivo contou que os acionistas da Sete Brasil deixaram de aportar recursos desde as investiga��es da Opera��o Lava Jato. "Isso gerou um clima de preocupa��o e incerteza, at� que se entendesse melhor a extens�o (da Lava Jato) dentro da Sete", explicou.
Na sua opini�o, n�o se pode dizer que os acionistas - entre eles os bancos BTG Pactual, Santander e Bradesco - perderam dinheiro, porque o projeto ainda est� em implanta��o. "Este � um momento transit�rio de falta de recursos e acredito que vamos superar o problema", afirmou.
Ao voltar a falar sobre a auditoria feita na Sete Brasil, Carneiro contou que at� e-mails e celulares dos funcion�rios da companhia foram copiados e que nada foi encontrado de irregular pelos auditores. "Em todas as auditorias que fizemos, nada pegamos de errado nos contratos, nada pegamos de errado em todos os e-mails das pessoas que hoje est�o na Sete Brasil", pontuou. Mencionando os depoimentos divulgados dos delatores do esquema de corrup��o na Petrobras, o executivo disse que os acertos teriam sido feitos fora da empresa, e n�o internamente.
Press�o
Carneiro j� dep�e h� mais de duas horas aos parlamentares e vem sendo questionado sobre sua participa��o em outras empresas. Apesar de depor na condi��o de testemunha, e n�o de investigado, os deputados mant�m a estrat�gia de press�o, na expectativa de apontar contradi��es em sua fala. Carneiro vem insistindo que s� est� na companhia h� um ano.
Em tom de ironia, o sub-relator Andr� Moura (PSC-SE) questionou a compet�ncia profissional do executivo quando ele revelou que trabalhou na OGX, cujas a��es valeriam hoje centavos de reais. "Meu trabalho foi feito com muita compet�ncia e n�o tenho do que me envergonhar desse per�odo", respondeu o executivo, constrangido.