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Estado de Minas

Oposi��o cobra do governo ajuda aos pol�ticos advers�rios de Maduro, da Venezuela

No Senado, mulheres de pol�ticos venezuelanos presos pedem ajuda do Brasil para libertar detidos pelo regime de Maduro. Parlamentares criticam recusa do Planalto de receb�-las


postado em 08/05/2015 06:00 / atualizado em 08/05/2015 07:43

Senadores da oposição acompanharam as mulheres dos políticos venezuelanos presos por Nicolás Maduro(foto: George Gianni/PSDB)
Senadores da oposi��o acompanharam as mulheres dos pol�ticos venezuelanos presos por Nicol�s Maduro (foto: George Gianni/PSDB)

Bras�lia – Em emocionado depoimento � Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, a ativista Lilian Tintori criticou duramente o regime chefiado pelo presidente da Venezuela, Nicol�s Maduro – herdeiro pol�tico de Hugo Ch�vez –, e pediu ao Brasil que “se levante e alce sua voz para ajudar cada venezuelano a levantar as bandeiras da democracia e dos direitos humanos”. Mulher do l�der de oposi��o Leopoldo L�pez, ela estava acompanhada de Mitzy Capriles, esposa do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, e de Rosa Orozco, que teve uma filha assassinada durante manifesta��o contra o governo em Caracas. Leopoldo L�pez est� preso h� mais de um ano. Tamb�m est� na cadeia o ex-prefeito de Caracas. “O mundo inteiro sabe que na Venezuela n�o se vive em uma democracia. Mais de 80% dos venezuelanos pedem mudan�a. Necessitamos de ajuda dos pa�ses da regi�o”, disse Lilian na abertura da audi�ncia p�blica promovida pela comiss�o, que contou com a presen�a de diversos parlamentares e terminou com cr�ticas de deputados e senadores ao fato de o governo da presidente Dilma Rousseff n�o ter aceitado receber as venezuelanas.


“A omiss�o do governo brasileiro em rela��o � escalada do autoritarismo na Venezuela � vergonhosa. Nos atinge a todos, como cidad�os que somos e democratas que devemos permanentemente ser”, disse o senador A�cio Neves (PSDB-MG), ao chegar � reuni�o. Al�m de participar da audi�ncia, as mulheres foram recebidas pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Mas n�o conseguiram marcar encontro com a presidente Dilma Rousseff. O presidente da comiss�o, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e o senador Jos� Serra (PSDB-SP) estiveram no Minist�rio das Rela��es Exteriores para tentar agendar uma entrevista com o ministro Mauro Vieira. N�o obtiveram �xito.
Apenas no final da reuni�o da comiss�o foram informados pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o �nico petista presente no encontro, de que as duas seriam recebidas pelo chefe do Departamento de Am�rica do Sul, Baena Soares. Ele tamb�m lembrou que Dilma criticou a pris�o de l�deres da oposi��o na Venezuela durante a sua participa��o na C�pula das Am�ricas, em abril.

Viol�ncia e mortes Segundo Lilian, ocorreram 25 mil mortes por viol�ncia na Venezuela no ano passado. Existem grandes filas para comprar alimentos, h� dificuldade para se obter rem�dios e a infla��o j� alcan�a 74%. Al�m disso, observou, h� 89 presos pol�ticos no pa�s vizinho. Por sua vez, Mitzy contou que seu marido foi “simplesmente arrancado de seu posto de trabalho”, na Prefeitura de Caracas, e est� preso h� tr�s meses.


No depoimento mais contundente, Rosa Orozco contou que sua filha de 23 anos foi baleada “� queima-roupa” por um integrante da Guarda Nacional, em 19 de fevereiro de 2014, por participar de uma manifesta��o com cartaz contra o governo, e morreu dois dias depois. Ela mostrou aos parlamentares fotos da filha, Geraldine Moreno, baleada no rosto. “N�o podemos permitir que essas coisas sigam acontecendo. Temos uma mil�cia de coletivos, que s�o pessoas civis armadas, que vivem matando os que opinam diferente do governo. � uma viola��o � minha alma, a minha vida se foi com minha filha”, disse Rosa.

Unasul

Ao abrir a reuni�o, Aloysio Nunes disse ter ouvido de Mauro Vieira que uma comiss�o de representantes da Uni�o das Na��es Sul-Americanas (Unasul) tem contribu�do para reduzir as tens�es na Venezuela. Ele lamentou, por�m, que as viola��es aos direitos humanos tenham se multiplicado depois das elei��es presidenciais e que o governo brasileiro n�o tenha at� o momento tomado uma atitude mais en�rgica para reagir a esse fato. O senador recordou ainda que, como integrante do Mercosul, a Venezuela tem de seguir a chamada “cl�usula democr�tica” do grupo, estipulada pelo Protocolo de Ushuaia.


“O Brasil quer ter peso cada vez maior nas decis�es internacionais. Temos pretens�o de ocupar uma vaga no Conselho de Seguran�a da ONU, al�m do desejo de ser pe�a-chave em negocia��es sobre o com�rcio internacional. Por que o Brasil n�o atua com seu peso pr�prio pelo menos nas quest�es fundamentais como direitos humanos e democracia? Um pa�s do nosso tamanho n�o pode se omitir nessa quest�o”, afirmou Aloysio.


Junto a ele na mesa, o senador A�cio Neves (PSDB-MG) relatou ter percebido em recente encontro sobre direitos humanos realizado no Peru uma “enorme cobran�a de posicionamento mais claro do Brasil” em rela��o ao tema. A presen�a de parlamentares da base de apoio ao governo na reuni�o foi considerada pelo senador um sinal de que “come�a a haver constrangimento” em rela��o � “c�moda omiss�o” do governo brasileiro em rela��o � situa��o da Venezuela. Na ter�a-feira, a Casa aprovou um voto de censura ao governo de Maduro por causa do que classificaram como pris�es pol�ticas arbitr�rias.

 

"O mundo inteiro sabe que na Venezuela n�o se vive em uma democracia. Mais de 80% dos venezuelanos pedem mudan�a. Necessitamos de ajuda dos pa�ses da regi�o”

Lilian Tintori,
ativista venezuelana e mulher
do l�der de oposi��o Leopoldo L�pez, preso h� um ano

“A omiss�o do governo brasileiro em rela��o � escalada do autoritarismo na Venezuela � vergonhosa. Nos atinge a todos, como cidad�os que somos e democratas que devemos permanentemente ser”

A�cio Neves (PSDB-MG),
senador


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