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Estado de Minas

Na CPI, doleira canta Roberto Carlos para explicar rela��o com Youssef


postado em 12/05/2015 12:37 / atualizado em 12/05/2015 13:38

S�o Paulo e Curitiba - A doleira Nelma Kodama, condenada a 18 anos de pris�o nos processos da Opera��o Lava Jato, cantou trecho de uma m�sica de Roberto Carlos para explicar aos deputados da CPI da Petrobras como era sua rela��o com o doleiro Alberto Youssef. Conhecida como 'Dama do Mercado', Nelma � a primeira a falar � comiss�o parlamentar, em Curitiba, base das investiga��es da Lava Jato, nesta ter�a-feira, 12.

Ela contou aos deputados que o conheceu no dia 20 de agosto de 2000. O deputado Altineu C�rtes (PR-RJ) a questionou se ela era amante de Youssef.

"Sob meu ponto de vista, eu vivi maritalmente com Alberto Youssef do ano de 2000 a 2009. Amante � uma palavra que engloba tudo, n�? Amante � esposa, amante � amiga", disse. "Tem at� uma m�sica do Roberto Carlos: a amada amante, a amada amante. N�o � verdade? Quer coisa mais bonita que ser amante? Voc� ter uma amante que voc� pode contar com ela, ser amiga dela."

Em seguida, a doleira cantarolou "Amada Amante", sucesso do Rei da Jovem Guarda em 1971.

Durante a explica��o, ela foi interrompida pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB). "Senhora Nelma, como presidente dessa CPI, n�s n�o estamos aqui em um teatro. Pe�o que Vossa Senhoria se detenha a responder as perguntas, mantendo a ordem e o respeito ao Congresso Nacional, que neste momento est� aqui fazendo uma apura��o."

"Mas eu gostaria de responder, ent�o", disse Nelma.

"Responder com respeito, n�o cantando, n�s n�o estamos aqui em um show", garantiu o deputado Hugo Motta.

"A minha pergunta se a senhora foi amante dele, a senhora j� respondeu. Estou satisfeito", encerrou a discuss�o o deputado Altineu C�rtes.

Em seus e-mails e mensagens, captados pela Pol�cia Federal, Nelma gostava de usar pseud�nimos como Greta Garbo, Cameron Diaz e Angelina Jolie.

A doleira foi presa no Aeroporto Internacional de S�o Paulo, em Guarulhos/Cumbica, na madrugada de 15 de mar�o de 2014, quando tentava embarcar para Mil�o, na It�lia, com 200 mil euros escondidos na calcinha. Ela negou na CPI, que estivesse fugindo do Pa�s.

"O dinheiro estava no bolso e n�o na calcinha", disse a doleira, que levantou da cadeira para exibir os bolsos de tr�s da cal�a aos parlamentares.

Alvo da Opera��o Dolce Vitta - um dos bra�os da Lava Jato que mirou o n�cleo de doleiros que atuava em parceria com Alberto Youssef -, o depoimento de Nelma deve trazer novos fatos sobre o mercado de c�mbio negro envolvendo o esquema de corrup��o na Petrobras.

Ela confessou evas�o de divisas num esquema pessoal que movimentava US$ 300 mil, por dia, e rela��es financeiras com outros dois doleiros presos na Lava Jato (Alberto Youssef e Raul Srour). Doleira dos comerciantes da 25 de Mar�o e do Br�s, que segundo ela chegavam a importar cont�ineres da China de US$ 100 mil e pagar apenas US$ 30 mil legalmente, Nelma foi usada por Youssef em movimenta��es financeiras.

A doleira foi condenada pelo juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, a 18 anos de pris�o e multa por liderar um esquema de lavagem de dinheiro e evas�o de divisas que teria movimentado de forma fraudulenta R$ 221 milh�es em dois anos e enviado para o exterior outros de U$S 5,2 milh�es por meio de 91 opera��es de c�mbio irregulares.


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