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Estado de Minas

MPF espera que 'chefe' de cartel aponte nomes de outros pol�ticos suspeitos

Dono da UTC, Ricardo Pessoa, assinou acordo de dela��o premiada


postado em 14/05/2015 08:01 / atualizado em 14/05/2015 08:07

Bras�lia - Apontado como coordenador do "clube" de empreiteiras envolvidas no esquema de corrup��o na Petrobras, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, assinou nessa quarta-feira, 13, um acordo de dela��o premiada com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, em Bras�lia. O acordo prev� que o executivo conte o que sabe aos procuradores da Opera��o Lava-Jato sobre o envolvimento de pol�ticos no caso e pague multa pelos danos causados, em troca de um abrandamento da futura pena. Na reuni�o com os procuradores, Pessoa citou o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lob�o (PMDB-MA) como um dos envolvidos no esquema.

O empreiteiro, r�u em a��es criminais da Lava-Jato, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro, viajou na quarta-feira de S�o Paulo a Bras�lia, onde esteve reunido com procuradores que atuam na Lava-Jato por cerca de quatro horas. Tamb�m participaram do encontro os advogados de Pessoa. Novas reuni�es devem ocorrer nas pr�ximas semanas para os depoimentos do executivo.

Ao fim do processo, o acordo ter� de ser homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava-Jato na Corte. A colabora��o premiada foi firmada no �mbito da Procuradoria-Geral da Rep�blica porque envolve autoridades com foro privilegiado.

A expectativa no Minist�rio P�blico Federal � de que a contribui��o do dono da UTC ajude a chegar a nomes de outros pol�ticos suspeitos de participa��o no esquema, al�m de trazer novos indicativos e esclarecer ind�cios sobre outros investigados. A dela��o implica confiss�o de crime pelo investigado e que ele revele novos fatos e nomes das atividades criminosas.

A viagem de Pessoa a Bras�lia foi autorizada na ter�a-feira pelo juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava-Jato na 13ª Vara Federal Criminal no Paran�. A decis�o de Moro tem como base um pedido encaminhado ontem pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.

Negocia��o

A dela��o de Pessoa j� era esperada. No dia 28, quando os ministros da 2ª Turma do Supremo reverteram a pris�o preventiva do executivo em medidas cautelares restritivas de liberdade, o advogado de Pessoa, Alberto Toron, disse que, mesmo com a soltura, n�o estava descartada a possibilidade de um acordo de dela��o.

Desde que foi preso, em 14 de novembro de 2014, Pessoa conversava com os investigadores da Lava-Jato sobre a possibilidade de um acordo de dela��o.

Al�m de ser apontado como coordenador do grupo de empreiteiras que se reunia em cartel com regras de um torneio, ele firmou sociedade formal com o doleiro Alberto Youssef em um investimento imobili�rio de R$ 5 milh�es na Bahia.

Apesar das tratativas, as negocia��es nunca avan�aram a ponto de um acordo ser fechado porque os benef�cios que Pessoa buscava seriam incompat�veis com as informa��es que ele oferecia aos investigadores da Lava-Jato. Em depoimento perante o juiz S�rgio Moro, na semana passada, ele ficou calado.

Antes de Pessoa fechar o acordo, outros executivos do setor - Dalton Avancini e Eduardo Leite, da Camargo Corr�a - fizeram dela��o premiada que foi homologada por Moro. Eles ganharam o direito de cumprir pris�o em regime domiciliar.

O nome de Lob�o j� havia sido mencionado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, tamb�m em acordo de dela��o premiada. Segundo o ex-diretor, Lob�o teria recebido R$ 1 milh�o para ajudar na campanha da ex-governadora do Maranh�o Roseana Sarney (PMDB). O ex-ministro j� � alvo de dois inqu�ritos no Supremo solicitados pela Procuradoria-Geral da Rep�blico. Em um deles, Roseana Sarney tamb�m � investigada.

Procurado, o advogado de Pessoa, Alberto Toron, disse ontem que est� "contratualmente proibido de se manifestar".

'Desconfian�a'

A defesa de Edison Lob�o, representada pelo criminalista Ant�nio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ver "com muita desconfian�a uma dela��o feita por um empres�rio que j� esteve preso". Kakay disse ainda que contatou Lob�o e que o senador est� "tranquilo". (Colaboraram Fausto Macedo e F�bio Fabrini)


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