
Bras�lia – A 5ª Vara Federal de Curitiba j� confiscou R$ 980 milh�es de empreiteiras acusadas de improbidade administrativa na Opera��o Lava-Jato. Ontem, a ju�za Giovanna Mayer determinou o bloqueio de R$ 282 milh�es dos executivos da construtora OAS Jos� “L�o” Pinheiro, Agenor Franklin e Ricardo Breghirolli e da empresa Coesa Engenharia. A magistrada livrou a empreiteira OAS da puni��o porque ela est� em recupera��o judicial.
Nesta semana, a Justi�a j� havia confiscado R$ 241 milh�es da Camargo Corr�a e da Sanko Sider e mais R$ 302 milh�es da Galv�o Engenharia. Na Engevix e na Jackson Empreendimentos, o bloqueio foi de R$ 153 milh�es. Os valores correspondem a 1% dos contratos firmados com a Petrobras, taxa de propina revelada pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa. Os confiscos foram feitos para garantir o valor de eventuais condena��es em a��es de improbidade movidas pelo Minist�rio P�blico Federal em fevereiro. Nelas, os procuradores cobram R$ 4,47 bilh�es de seis empresas, a t�tulo de ressarcimento, multas e danos morais. Os pedidos ainda ser�o julgados.
O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, S�rgio Moro, transformou em r�u o operador do estaleiro Jurong acusado de pagar propinas para manter o contrato, parte delas com destino ao PT. Guilherme Esteves foi apontado pelo ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil Pedro Barusco como uma das pessoas que bancavam subornos destinados ao pr�prio Barusco, ao ex-diretor da estatal Renato Duque, a funcion�rios da Sete e ao ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto. Moro recebeu den�ncia contra Esteves e sua esposa, L�lia, porque eles esconderam documentos e at� dinheiro em uma a��o da Pol�cia Federal, segundo o Minist�rio P�blico. O juiz ainda determinou que Esteves, que est� preso desde 27 de mar�o, seja solto desde que pague R$ 500 mil como fian�a.
As investiga��es apontam que Esteves pagou US$ 8,2 milh�es em propinas no esquema. Para S�rgio Moro, apesar de a SeteBR ter participa��o privada, � o Estado quem sempre paga a conta do pre�o inflado por corrup��o. “N�o h�, como regra, ‘propina gr�tis’, sendo usual a inclus�o dos valores respectivos como custo a ser suportado ao final pela empresa estatal e, por conseguinte, pelos cofres p�blicos”, disse Moro.
Ainda ontem, os procuradores da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico que atua na Opera��o Lava-Jato refor�aram o pedido de condena��o do ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, acusado de lavar dinheiro de propina por meio da compra de um apartamento de R$ 7,5 milh�es no Rio de Janeiro.
Escutas na PF A Pol�cia Federal apura a descoberta de aparelhos de escutas telef�nicas na superintend�ncia da corpora��o no Paran�, cora��o da Opera��o Lava-Jato. O equipamento estava dentro de uma lumin�ria, perto de uma das escadas do
pr�dio, segundo o Estado de Minas apurou. No local, os policiais costumam conversar, tomar caf� e fumar.
Uma equipe de policiais de Bras�lia foi a Curitiba e apreendeu o aparelho. Antes disso, os agentes tomaram o depoimento de um delegado, segundo uma fonte – informa��o n�o confirmada pela assessoria de imprensa da PF. Os equipamentos foram levados para Bras�lia e ainda est�o sob an�lise.
Policiais ouvidos pelo EM estranharam a identifica��o do aparelho. Um agente que refor�ou den�ncia sobre grampos na cela do doleiro Alberto Youssef na superintend�ncia estava nas proximidades do local onde foram encontrados os novos aparelhos horas antes de sua localiza��o. Outros policiais ligados a esse agente – e que n�o costumavam usar o andar – resolveram inspecionar justamente a l�mpada onde estava o equipamento de escuta. Disputas internas e objetivo de “desestabilizar” a equipe da Lava-Jato s�o apontados como alguns dos motivos para a confus�o.
Em abril de 2014, o advogado de Youssef denunciou a instala��o de escutas na cela do doleiro, mas investiga��o interna da PF constatou que o equipamento estava desligado e nenhuma grava��o foi feita.