Bras�lia - O governo pretende combinar os cortes em gastos previstos no Or�amento deste ano com uma nova rodada de aumento de impostos. O objetivo da medida, preparada pelo Minist�rio da Fazenda, � refor�ar o ajuste fiscal e afastar o risco de rebaixamento da nota de cr�dito do Brasil. A presidente Dilma Rousseff come�ou a discutir neste domingo, 17, o tamanho do contingenciamento, que ser� definido ap�s negocia��es nesta semana com o Congresso. O corte deve ser da ordem de R$ 70 bilh�es.
Levy apresentou uma estimativa de corte mais elevada, de R$ 78 bilh�es, que compensaria as perdas aplicadas pelos parlamentares no ajuste fiscal. As modifica��es feitas pela C�mara nas medidas provis�rias que alteram benef�cios trabalhistas e previdenci�rios inclu�ram desde restri��es mais leves que as pretendidas pela equipe econ�mica no seguro-desemprego e na pens�o por morte at� a flexibiliza��o do fator previdenci�rio, criado para poupar gastos do governo com aposentadorias.
Mercadante defendia um contingenciamento grande, mas n�o superior a R$ 60 bilh�es no total, de forma a n�o paralisar completamente a m�quina federal. � uma posi��o mais pr�xima daquela do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que passou os �ltimos dois meses se reunindo com ministros e secret�rios do governo para definir, com cada pasta e autarquia, os limites or�ament�rios.
Na Fazenda, a avalia��o � que quanto menor for o corte, maior ser� a necessidade de "complementa��o" com aumento de impostos. Prevalecendo a vis�o de Levy sobre o corte, a decis�o deve gerar atritos com o PT, cujos parlamentares defendem um ajuste menos amargo.
Entre os auxiliares de Dilma, a defesa de Levy por um bloqueio mais severo tem por objetivo n�o s� acenar aos agentes financeiros, mas tamb�m proteger as contas p�blicas de eventuais altera��es promovidas pelo Congresso no projeto de lei que rev� a pol�tica de desonera��o da folha de pagamento, outra medida fundamental para fechar as contas oficiais. O martelo sobre a amplitude do contingenciamento s� deve ser batido ap�s a vota��o desta proposta na C�mara, prevista para ocorrer �s v�speras do an�ncio dos cortes, nesta semana.
Na defini��o de um ministro, o ajuste e o contingenciamento s�o "inversamente proporcionais", por isso, o governo vai esperar ao m�ximo as vota��es do Congresso. A vota��o do projeto da desonera��o � vista no Planalto como "Dia D" do ajuste fiscal - por mexer com interesses de diversos setores econ�micos, � maior o risco de o texto ser desconfigurado. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.