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Estado de Minas

Lobista preso na Lava-Jato � alvo central de apura��o que envolve Dirceu e PT


postado em 21/05/2015 12:49 / atualizado em 21/05/2015 13:00

S�o Paulo e Bras�lia - O lobista da construtora Engevix Milton Pascowitch, preso na manh� desta quinta-feira, 21, na 13ª fase da Opera��o Lava Jato, � o alvo central das investiga��es envolvendo o suposto recebimento de propinas pelo ex-ministro Jos� Dirceu, pelo ex-diretor de Servi�os da Petrobras e o PT. Pascowitch pagou R$ 1,4 milh�o ao ex-ministro Jos� Dirceu e R$ 1,2 milh�o para o ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque - tamb�m preso, desde 16 de mar�o, envolvido no esc�ndalo de corrup��o e cartel na estatal.

A Jamp pagou a JD Assessoria e Consultoria Ltda., do ex-ministro Jos� Dirceu, em 2011 e 2012. O ex-ministro alegou que foi por servi�os de consultoria internacional prestados para a construtora Engevix Engenharia, em Cuba e no Peru.

Para os investigadores da Lava Jato, a Jamp era uma empresa de fachada de Pascowitch usada para esquentar o dinheiro da propina. N�o h� aparente rela��o justific�vel para a rela��o comercial formal entre as partes, acreditam os procuradores.

O que refor�a a suspeita � o depoimento de um dos s�cios da Engevix, G�rson de Mello Almada, no dia 18 de mar�o. O vice-presidente da empreiteira confessou ter pago por servi�os de "lobby" ao operador de propina, como forma de garantir seus contratos na Petrobras.

Pascowitch seria um abridor de portas na estatal, gra�as aos seus contatos com membros do PT, entre eles o tesoureiro do partido Jo�o Vaccari Neto. O que chamou a aten��o dos investigadores foi que Almada admitiu ter contratado as consultorias internacionais da JD para abrir mercado em Cuba e no Peru, mas disse desconhecer a rela��o comercial entre Jamp e a empresa do ex-ministro - conforme justificou Dirceu em nota oficial � imprensa, um dia depois.

A JD nega qualquer irregularidade e diz que os contratos foram legais. Jamp e a pr�pria Engevix pagaram juntas R$ 2,6 milh�es ao ex-ministro Jos� Dirceu - tamb�m por servi�os de consultoria, entre 2008 e 2012.

Duque

Na casa de Duque, no Rio, a Pol�cia Federal j� havia encontrado contrato de consultoria da D3TM Consultoria e Participa��o, empresa de Duque, com a Jamp Engenheiros Associados, de 2013, no valor de R$ 1,2 milh�o.

"(A D3TM) A empresa era fachada do ex-diretor para receber propina de quando ele era ex-diretor da Petrobras, que continuou at� 2014", afirmou o procurador da Rep�blica Carlos Fernando Lima, um dos coordenadores da for�a-tarefa da Lava Jato, em entrevista coletiva, na manh� desta quinta-feira, em Curitiba.

A pr�pria Engevix, tamb�m contratou os servi�os de consultoria do ex-diretor de Servi�os em 2014, segundo comprovam contratos e notas apreendidas nas buscas feitas pela PF.

Duque est� preso desde o dia 16, depois que foi deflagrada a Opera��o Que Pa�s � Esse - d�cima fase da Lava Jato. Pelo menos 11 notas fiscais apreendidas mostram pagamentos mensais da Jamp de R$ 100 mil para a D3TM entre maio de 2013 e abril de 2014, quando Duque comunicou que n�o poderia mais cumprir seu contrato. O documento de encerramento da parceria foi encontrado tamb�m.

Al�m da Jamp, a D3TM foi contratada tamb�m por outras empreiteiras acusadas de cartel e corrup��o na Petrobras, como a UTC, a OAS e a Iesa. O ex-diretor de Servi�o - principal alvo da Lava Jato no esquema de corrup��o da estatal - era indicado do PT e ocupou o cargo entre 2003 e 2012. Ele nega qualquer irregularidade envolvendo os contratos da estatal. Preso pela primeira vez em 14 de novembro, foi solto dias depois por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF).


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