Bras�lia - Em uma semana decisiva para o ajuste fiscal promovido pelo Pal�cio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer disse nesta segunda-feira que o Senado Federal vai "compreender" a import�ncia das medidas provis�rias 664 e 665, que alteram as regras de benef�cios previdenci�rios e trabalhistas, afirmou que o governo "vai at� o fim" no ajuste e minimizou as cr�ticas do PT �s medidas implantadas pela equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff.
Na semana passada, o Planalto foi surpreendido com a atitude do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que subscreveu um manifesto elaborado por um grupo suprapartid�rio contra as medidas do ajuste e atacou a pol�tica econ�mica do ministro Joaquim Levy.
Com o diagn�stico de que uma medida provis�ria vital para o ajuste fiscal poderia ser rejeitada, os aliados do Pal�cio do Planalto manobraram para adiar a vota��o, jogando a an�lise da proposta para a �ltima semana de validade da MP.
"D� tempo de conversar, de dialogar com o PT, acho que � poss�vel ainda trazer os votos. Acho que teremos votos necess�rios e suficientes para a aprova��o", comentou Temer, minimizando a repercuss�o do posicionamento de Lindbergh dentro do Planalto.
Camisa
Questionado se o PT do Senado ia vestir a camisa do ajuste fiscal, o vice-presidente respondeu: "Est� vestindo, s�o apenas dois companheiros (al�m de Lindbergh, o senador petista Paulo Paim assinou o manifesto) que est�o com d�vida em rela��o a isso, mas acho que at� o momento da vota��o ainda � poss�vel convenc�-los."
Na avalia��o do vice-presidente, a melhor forma de se dirigir ao PT � "mostrar, evidenciar, aquilo que todos sabemos: que o ajuste � indispens�vel para termos uma economia saud�vel". "Foi assim na C�mara, a C�mara dos Deputados colaborou, e eu tenho certeza que l� no Senado a base aliada tamb�m vai colaborar e a oposi��o compreender", afirmou Temer.
"Veja que tivemos sucesso na articula��o na C�mara dos Deputados e igualmente na aprova��o do ministro Fachin (no Senado Federal). � preciso que o governo n�o titubeie, n�o estamos titubeando, n�o pode haver nenhuma fragiliza��o em rela��o ao ajuste. Porque, sen�o come�a a dar a impress�o de que o governo n�o tem interesse e ainda agora na reuni�o, quando se discutiu esse tema, verificou-se que todo o governo est� empenhad�ssimo na aprova��o. O que eu n�o quero, evidentemente, � que num dado momento se diga que a articula��o falhou", disse o vice-presidente.