
O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), admitiu na tarde desta segunda-feira, 25, a possibilidade dos parlamentares n�o conseguirem aprovar mudan�as relevantes ao sistema brasileiro na vota��o da reforma pol�tica. Se isso acontecer, o peemedebista disse que n�o encararia como uma derrota pessoal. "N�o aprovar nada significa que a maioria dos parlamentares decidiu ficar como est�", afirmou. A vota��o ser� iniciada nesta ter�a-feira, em sess�o extraordin�ria.
Cunha alegou que havia um "sentimento" entre os l�deres partid�rios de levar o tema diretamente para o plen�rio, sem a aprova��o do relat�rio final na Comiss�o Especial. "N�o vejo chance de o relat�rio da comiss�o passar pelo plen�rio", afirmou Cunha, negando que esteja "jogando fora" o trabalho do colegiado que se reuniu por meses discutindo o assunto.
O presidente da C�mara disse n�o ser contra o parecer do relator Marcelo Castro (PMDB-PI), mas argumentou que h� consenso entre as lideran�as de que o relat�rio n�o corresponde �s demandas dos partidos. "Isso (votar diretamente no plen�rio) acontece aqui toda hora", minimizou.
Ao avocar para o plen�rio da vota��o da Proposta da Emenda � Constitui��o (PEC), Cunha foi acusado de agir de forma "ditatorial" pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS). "O presidente tem prerrogativas, mas ele n�o � um imperador. Ele n�o pode cancelar ao seu bel prazer comiss�es. Ele tem opini�es da reforma pol�tica. Ele � defensor do distrit�o e do aprofundamento do financiamento empresarial. Mas ele n�o pode usar a presid�ncia para impor sua vontade", declarou Fontana.
"Ditatorial � colocar um �nico modelo", rebateu o peemedebista se referindo � proposta de financiamento p�blico defendida pelo PT.
O presidente da Casa disse que tamb�m n�o se sentir� derrotado se o distrit�o - proposto pelo PMDB - n�o passar, mas destacou que o modelo pregado pelos petistas tamb�m n�o deve ser aprovado.